Sete câmaras municipais portuguesas ainda têm dívidas por pagar, num montante total de cerca de 55 milhões de euros, relacionadas com os estádios de futebol construídos ou remodelados para o Euro 2004, noticia este domingo o Jornal de Notícias.
Ao fim de 17 anos, a conta do Euro 2004, realizado em Portugal, ainda pende especialmente sobre a câmara municipal de Leiria, que no final do ano passado ainda tinha 20 milhões de euros em dívida à banca. Ao JN, o presidente da câmara de Leiria, o socialista Gonçalo Lopes, sublinhou que a autarquia está a pagar um milhão de euros por ano relativamente à construção do estádio Dr. Magalhães Pessoa, um passivo herdado do executivo social-democrata liderado por Isabel Damasceno — e diz ainda que a grande dívida relacionada com o estádio “atrasou outros investimentos fundamentais na área da saúde, educação e ambiente“.
Há ainda dívidas consideráveis em Braga, onde no final de 2020 ainda havia 9,5 milhões de euros em dívidas relacionadas com o estádio, a que se somavam 14,5 milhões relativas a uma remodelação mais recente. As dívidas acumulam-se ainda em Coimbra, Guimarães, Aveiro, Faro e Loulé. Só há duas câmaras que investiram nos estádios e que já não têm dívidas: Lisboa e Porto.
No início deste mês, Portugal e Espanha apresentaram formalmente a candidatura à realização conjunta do Euro 2030 — e a candidatura implicará a definição de um conjunto de estádios para a realização dos jogos, dos quais três ou quatro deverão ser em Portugal. Não são ainda conhecidos quais os estádios e que tipo de obras poderão ser necessárias.
Portugal e Espanha apresentam candidatura conjunta ao Mundial de futebol de 2030