A Microsoft e a Universidade do Algarve (UAlg) anunciaram esta segunda-feira a assinatura de um protocolo de colaboração para a criação de um curso de Inteligência Artificial (IA) para Executivos que arranca no final de setembro.

A formação, que decorrerá entre 25 de setembro e 30 de outubro, pretende criar bases para que executivos e gestores possam definir estratégias, implementar práticas e avaliar resultados de investimentos relacionados com IA. As inscrições decorrerão entre 1 e 17 de setembro.

A intenção é dar ferramentas a estes decisores para usarem melhor esta tecnologia, que já existe, da melhor forma possível, com recomendações mais inteligentes e mais lucrativas”, disse à Lusa o diretor de tecnologia da Microsoft.

À margem da assinatura do protocolo, Manuel Dias adiantou que a escolha da Universidade do Algarve se deve à existência na região de um setor turístico e da restauração onde a tecnologia IA pode ser aplicada para “ajudar na recuperação económica, ajudando os decisores a lançar serviços a captar clientes e criar margem, aumentando o seu conhecimento do cliente“.

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Do ponto de vista prático, exemplificou com o que designou “jornada integrada e inteligente de um turista” onde desde o momento em que faz a reserva até que chega à cidade pode ter toda a oferta turística “personalizada” através de “algoritmos de recomendações, padrões avançados de mobilidade ou as características desse turista“. Outra componente trata-se de assistentes virtuais para apoio aos clientes ou turistas “tanto dentro do hotel como para recomendações”.

Uma terceira componente integra “serviços cognitivos”, que consistem em algoritmos “já desenvolvidos para reconhecimento de voz, de imagem, ou marcas” que podem ser “embebidos nas aplicações das empresas”. Estes podem aferir, por exemplo “quantas vezes o logótipo da empresa aparece num vídeo” ou permitir que exista uma “tradução automática para serviços multilíngua”, adiantou,

O reitor da UAlg disse à Lusa que este “não é um curso para informáticos“, mas para “decisores” que irão ter o primeiro contacto com soluções que já existem no mercado e que lhes poderão servir para “resolver determinados problemas”, dando-lhes instrumentos que vão “possibilitar reforçar a competitividade das suas empresas aumentando o seu valor criado”.

Paulo Águas destacou que o curso que vai utilizar conteúdos produzidos pela AI Business School, da Microsoft e pelo INSEAD — Instituto Europeu de Administração de Empresas.