O Brasil assume esta quinta-feira,  na Cimeira de Chefes de Estado do Mercado Comum do Sul (Mercosul) a presidência rotativa do bloco, exercida até agora pela Argentina, numa reunião por videoconferência devido à pandemia de Covid-19.

O comando do bloco será passado pelo Presidente argentino Alberto Fernández ao chefe de Estado brasileiro, Jair Bolsonaro, numa reunião que também contará com a presença dos governantes do Paraguai, Mario Abdo Benítez, e do Uruguai, Luis Lacalle Pou. Também deverão participar o Presidente chileno, Sebastián Piñera, e boliviano, Luis Arce.

Os chefes do poder executivo dos países do Mercosul (bloco de livre comércio formado pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai), voltarão a celebrar os 30 anos do grupo, debatendo a situação atual dos países membros e as perspetivas de integração regional.

Num comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil destacou que neste ano receberam atenção prioritária dos membros do Mercosul os trabalhos em torno de temas como Tarifa Externa Comum (TEC), flexibilidades negociadoras, regime de origem, setores açucareiro e automóvel, regulamentos técnicos, comércio de serviços e reforma institucional.

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O Governo brasileiro também lembrou que no contexto da comemoração dos 30 anos do bloco foi lançado o Estatuto da Cidadania do Mercosul, que reúne os direitos e benefícios garantidos aos cidadãos dos Estados partes.

“Na frente do relacionamento externo, foi possível avançar na revisão formal e jurídica dos acordos com a União Europeia e a Associação Europeia de Livre Comércio. Deu-se continuidade às negociações com Canadá, Coreia do Sul, Líbano e Singapura e ao diálogo exploratório com a Indonésia. Na região, foram assentadas as bases para o início de diálogos exploratórios com a República Dominicana e El Salvador”, frisou o Governo brasileiro.

Na sua presidência de turno, o Brasil destacou que prosseguirá “esforços para levar adiante a agenda de modernização do Mercosul, com vistas a transformar o bloco em instrumento efetivo de competitividade e de melhor inserção regional e global”.

Assim, na ampla e variada agenda do bloco, o Brasil destacou que “será dada prioridade à geração de resultados concretos, que tenham impacto direto na vida dos cidadãos”.