São três das maiores futuras estrelas da extraordinariamente talentosa nova geração de Inglaterra. Marcus Rashford tem 23 anos, realizou a formação no Manchester United e é em Old Trafford que tem brilhado nas últimas seis temporadas. Jadon Sancho tem 21 anos, realizou a formação no Manchester City mas é no Borussia Dortmund que tem brilhado nas últimas quatro temporadas. E Bukayo Saka tem apenas 19 anos, realizou toda a formação no Arsenal e foi em Londres que brilhou intensamente nas últimas duas temporadas. Este domingo, na final do Euro 2020, todos falharam a respetiva grande penalidade.

Rashford foi o primeiro e nem acertou na baliza, atirando em cheio em direção ao poste e relançando Itália nas grandes penalidades depois do falhanço de Belotti. Depois foi Sancho, que permitiu a defesa de Donnarumma e deixou tudo nos pés de Jorginho, que também não conseguiu acabar aí com a final. Por fim, no primeiro penálti da decisiva segunda série, Saka também não conseguiu ultrapassar o guarda-redes italiano e deu o Euro 2020 a Itália. O avançado do Arsenal explodiu em lágrimas de imediato, sendo apoiado por Luke Shaw e Kalvin Phillips, e sentiu o peso do mundo nos ombros.

Existe, ainda assim, uma diferença entre os três jovens jogadores. Saka entrou ainda durante os 90 minutos, como alternativa para a reta final da partida e até para o prolongamento, e esteve longe de ser uma substituição feita a pensar nas grandes penalidades. O mesmo não aconteceu com Rashford e Sancho: os dois jogadores entraram em campo no último minuto do prolongamento, para substituir Henderson e Kyle Walker, claramente para integrar a lista dos cinco primeiros marcadores dos penáltis. Só o destino poderá saber o que teria acontecido se Henderson, Walker ou quaisquer outros tivessem ficado em campo para bater as grandes penalidades.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Sobre essa escolha, já na conferência de imprensa, Gareth Southgate assumiu a responsabilidade. “Compete-me a mim. Decidi os marcadores dos penáltis com base no que fizeram nos treinos e ninguém está só. Ganhámos juntos, enquanto equipa, e também fomos nós, todos juntos, que não conseguimos ganhar o jogo nos penáltis. É a minha decisão e fica totalmente comigo. Foi minha a decisão de dar o último penálti ao Saka. Era uma aposta”, atirou o selecionador inglês. Já o Arsenal não quis deixar de enviar uma mensagem a Saka e lembrou que “o futebol pode ser cruel”. “Mas pela tua personalidade, pelo teu caráter, pela tua coragem… Vamos estar sempre orgulhosos de ti. E mal podemos esperar por te ter de volta connosco”, pode ler-se nas redes sociais do clube inglês.