A quantidade de anticorpos começa a diminuir cerca de um mês e meio depois da segunda dose da vacina, concluiu a equipa do projeto Virus Watch, da University College de Londres (UCL), depois de analisar os anticorpos no sangue de 605 adultos.
O declínio nas concentrações de anticorpos nas semanas imediatamente após a vacinação é exatamente o que esperaria ver”, disse Eleanor Riley, professora de Imunologia e Doenças Infecciosas na Universidade de Edimburgo.
“Na ausência de uma síntese contínua de anticorpos, a concentração de anticorpos decai a uma taxa exponencial previsível. Isso não é necessariamente um problema”, acrescentou a investigadora que não fez parte do estudo.
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Os investigadores da UCL confirmam que esta quebra nos níveis de anticorpos também foi observada nas pessoas que tinham sido infetadas, mas isso não significou uma perda de célula B de memória que podem desencadear a produção de novos anticorpos.
Mais, na carta publicada na revista científica The Lancet, os autores reconhecem que ainda não se sabe qual o nível mínimo de anticorpos para que a resposta imunitária continue eficaz, como tal não podem afirmar que os níveis mais baixos detetados sejam menos eficazes na proteção do indivíduo. Além disso, sabe-se que as células T são importantes na resposta imunitária e a presença destas células não foi avaliada.
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“Os dois parâmetros principais são: em primeiro lugar, a concentração mínima de anticorpos necessária para proteção e, em segundo lugar, a rapidez com que as concentrações de anticorpos podem aumentar novamente em caso de infeção (a chamada resposta de memória)”, lembrou Eleanor Riley.
Este estudo não responde a essas perguntas e, na verdade, são talvez as perguntas mais cruciais que precisamos responder para determinar a necessidade de doses de reforço.”
Enquanto não se souber que implicações tem a diminuição da quantidade de anticorpos, dar uma terceira dose como reforço nos países ricos pode não ser ético, porque vai aumentar a disparidade com os países de baixo rendimento que estão com dificuldade no acesso até à primeira dose, lembram também os autores do estudo serológico.