O primeiro-ministro já felicitou a atleta Patrícia Mamona pela conquista da medalha de prata nos Jogos Olímpicos. António Costa mencionou “uma prova incrível”, que atualizou o recorde nacional na modalidade de triplo salto feminino, e “mais uma demonstração de enorme superação”. É “um resultado que muito nos orgulha e que dá a Portugal a segunda medalha nestes Jogos Olímpicos”, considerou Costa.

Pouco depois, Marcelo Rebelo de Sousa também emitiu uma nota para congratular a atleta portuguesa pela segundo lugar no pódio olímpico, agradecendo o trabalho de Patrícia Mamona “em nome de Portugal e dos portugueses”. O Presidente da República diz que a vitória da atleta vem “confirmar as expetativas que todos tinham sobre o seu momento de forma”.

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Mais tarde, na chegada ao Brasília, o Presidente da República disse ser uma “grande alegria para Portugal nuns jogos muito difíceis porque disputados num outro tempo que não o tempo da preparação dos atletas e em condições quase de laboratório, de bolha”.

“O que é facto é que Patrícia Mamona esteve, outra vez, como campeoníssima que é, a um grande nível. Esta medalha de prata, nestas condições, é um triunfo para Portugal e uma alegria para todos os portugueses”, sublinhou o Presidente da República, que já condecorou a atleta, mas referiu que está já a ser preparada a receção à atleta, no Palácio de Belém, em Lisboa.

“Não queria deixar de repetir a felicitação que já lhe transmiti, agradecendo aquilo que, para já, marca a nossa presença de forma muito indelével nestes jogos olímpicos de Tóquio”, referiu.

Para o chefe de Estado, a atleta é “sistematicamente das melhores de entre as melhores”. “Tem mostrado isso e vai continuar a mostrar no futuro. É uma honra para Portugal e uma alegria para os portugueses”, concluiu.

Ferro Rodrigues também felicitou Patrícia Mamona pela medalha de prata no triplo salto, nos jogos olímpicos Tóquio2020, o que “honra uma vez mais Portugal e o desporto nacional”. Na mensagem, a que a Agência Lusa teve acesso, Ferro, saúda a atleta “pela conquista da medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio, quebrando o recorde nacional do triplo salto”.

“Patrícia Mamona, confirmando a excelência das prestações reveladas em anteriores eventos desportivos, honra uma vez mais Portugal e o desporto nacional, sendo merecedora do agradecimento de todos os portugueses”, lê-se na mensagem.

Instantes após a conquista da prata em Tóquio pela atleta de 32 anos, o Sporting Clube de Portugal, a que Patrícia Mamona pertence, assinalou a vitória da “leoa” e a conquista não só da medalha de prata mas, também, de um novo recorde nacional — 15,01 metros. “Enorme”, consideraram os verdes e brancos na publicação colocada no Twitter.

Outros clubes também aproveitaram as redes sociais para felicitar a atleta olímpica. O Sport Lisboa e Benfica e o Futebol Clube do Porto fizeram-no republicando a mensagem do Comité Olímpico de Portugal, que se serviu de letras capitais para gritar ao mundo que Patrícia Mamona arrecadou a medalha de prata em Tóquio. O Sport Clube Braga brinca que “ela não salta, ela voa”. E o Vitória de Guimarães realça o “salto para a História” de Patrícia Mamona nos Jogos Olímpicos.

A página da Primeira Liga portuguesa realçou no Twitter o “talento além-fronteiras” de Mamona, e a página dos Jogos Olímpicos em português classificou de “incríveis” os 15,01 metros de Patrícia Mamona: “Parabéns”, diz a mensagem no Twitter. A conta oficial da seleção nacional de futebol, de futsal e de futsal de praia celebrou a medalha e lemfbrou que Mamona, pelo caminho, “pulveriza o recorde nacional (duas vezes!)”.

“Tudo isto parece surreal”: a reação de Patrícia Mamona à prata

Minutos depois de conquistar a medalha de prata no triplo salto de Tóquio, a atleta portuguesa destacava os “20 anos de triplo salto” que a conduziram até este resultado. “Tudo isto parece surreal”, dizia Mamona à RTP.

Naquela primeira reação à sua melhor marca de sempre (que bateu por duas vezes nos três saltos conseguidos que ensaiou na final da modalidade), Patrícia Mamona voltava ao início de tudo, ao momento em que o seu treinador reconheceu o valor que tinha pela frente, para lá de quem a aconselhava a seguir outro caminho.

Diziam-me: ‘O triplo, não. És muito pequena, não tens perfil de triplista.’ E agora sou vice-campeã olímpica”, destacava a atleta do Sporting, já com dificuldade em esconder a emoção. “Estou orgulhosa de todos nós, da reação do público. Porque ainda há pouco disseram que Portugal era um país pequeno mas conseguimos fazer coisas grandes”, acrescentou ainda.

Patrícia teve uma prestação segura e, a partir do momento em que assegurou o segundo lugar, já não voltou a perder essa marca. Mais: ainda reforçou o primeiro recorde nacional com uma segunda marca acima dessa e acima dos 15 metros (15,01). Mesmo assim, garantiu, “nunca” deu a medalha como garantida.

“Sabia que tinha de responder às minhas competidoreas, que são fenomenais. Estava sempre em modo para responder, sabia que podiam saltar mais que eu e o meu foco era saltar mais. Não pensei em marcas, só em deixar na pista aquilo que tenho. Se der isso, posso ir para casa descansada, fosse com medalha ou não, fosse com um recorde ou não.”

No final, é dose dupla e Patrícia Mamona vai para casa com recorde e com medalha de prata. A quem a segue, uma mensagem: “Que isto seja uma inspiração para todos os que sonham que com muito trabalho — porque não é só talento —, se acreditares, consegues. Não desistas dos teus sonhos. Vai!”