É estranho, mas aconteceu: Leo Messi saiu do Barcelona após 21 anos e, aqui sem grandes surpresas, assinou pelo Paris Saint-Germain. Também não será surpreendente que o ordenado seja considerável e o prémio de assinatura seja “simpático”, mas há algo diferente no negócio entre o argentino e o clube parisiense: o pacote de “olá Messi” inclui tokens do clube.

Ou seja, o argentino tem agora “tokens” do clube, que é uma tipo de criptomeda que, como explica a BBC, permite aos fãs que os detêm estarem envolvidos em algumas decisões do clube. Ao usar uma app, podem definir o que diz a braçadeira de capitão, o desenho do autocarro do clube ou da cortina de onde saem os jogadores no Parque dos Príncipes, entre outros, como a escolha do golo do ano ou dos prémios a atribuir também no fim da temporada. Ainda segundo o canal britânico, até houve quem já tenha recebido videochamadas de craques da equipa do PSG.

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Tal como a bitcoin ou qualquer criptomoeda, os tokens podem ser vendidos ou comprados, existindo um grande volume de negócios antes da chegada do “10” que é agora “30” ao clube da capital francesa.

O Paris Saint-Germain não é o primeiro clube apostar nos tokens, sendo que este ano os campeões ingleses Machester City, o AC Milan de Itália e o próprio antigo clube de Messi, o Barcelona, lançaram-se também nesta área.

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Segundo a Reuters, o site Socios.com, responsável por ese “negócio” nos clubes de topo, diz que os tokens já geraram aproximadamente 170 milhões de dólares para os clubes parceiros, com o PSG a ver já alguma receita desde o acordo com Messi.

Seis vezes vencedor da Bola de Ouro, Lionel Messi, que não se sabe ao certo quanto recebeu no seu prémio de “boas-vindas” ao clube da Cidade Luz, já foi responsável pela movimentação de 30 milhões de euros, cerca de metade dos quais para o clube, também de acordo com a Reuters.

“Fomos capazes de chegar a uma nova audiência global, criando uma significativa receita digital”, afirmou Marc Armstrong, chefe das parcerias do PSG.

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Os tokens do PSG tiveram uma capitalização de mercado de cerca de 44 milhões de euros, subindo 130% só em cinco dias devido aos rumores de Messi e o PSG alcançando aproximadamente 51 euros, que correspondem  a um máximo histórico.