Em 2020, logo depois de perder para Djokovic nas meias-finais do Open da Austrália, Roger Federer foi operado duas vezes ao joelho. Não voltou a competir durante o resto da temporada, naquele que foi apenas o segundo ano desde que ganhou o primeiro título em que não venceu qualquer torneio, e regressou em março de 2021, em Doha. Desistiu de Roland Garros, foi eliminado nos quartos de final de Wimbledon e decidiu não marcar presença nos Jogos Olímpicos. Agora, Federer anunciou que vai voltar a parar durante muito tempo.
“Tenho feito vários testes ao meu joelho, com os médicos, para tentar ter toda a informação depois de me ter magoado durante a temporada de relva e em Wimbledon. Infelizmente, eles disseram-me que a médio-longo prazo, para me sentir melhor, vou precisar de cirurgia, então decidi fazê-la. Vou estar de muletas durante muitas semanas e depois vou estar fora do jogo durante muitos meses”, disse o tenista suíço no Instagram, num vídeo que publicou onde anunciou que vai falhar o próximo US Open e estar então afastado dos grandes palcos durante algum tempo.
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Federer, que tem 40 anos, reconheceu que existe a possibilidade de esta paragem de longa duração significar também o fim da carreira. Contudo, explicou que acredita que a reabilitação e a fisioterapia vão ajudá-lo a voltar novamente, tal como aconteceu em março depois de mais de um ano afastado dos courts. “Quero estar saudável. Quero continuar a correr por aí e quero dar a mim mesmo uma réstia de esperança, também, de voltar ao Tour de alguma forma. Mas sou realista, não me interpretem mal. Sei o quão difícil é, com a minha idade, voltar a ser operado e tentar voltar”, disse o atleta, que no último ano e meio viu Nadal e Djokovic igualarem o recorde de 20 Grand Slams que tinha sido o primeiro a estabelecer.
Com o anúncio de Federer, que conquistou 16 dos Grand Slams que tem entre 2003 e 2010 e é o atual número 9 do mundo, o US Open corre o risco de contar com apenas um dos três tenistas que mudaram a modalidade no século XXI. Para além do suíço, Rafa Nadal está a recuperar de uma lesão no pé, falhou Wimbledon e os Jogos Olímpicos e ainda não tomou uma decisão definitiva sobre o Grand Slam norte-americano — sendo que alguma imprensa espanhola garante que o tenista está a preparar-se para anunciar que vai falhar o resto da temporada. Já Novak Djokovic, que não conseguiu chegar às medalhas em Tóquio e acabou por desistir do torneio de pares por estar “exausto física e psicologicamente”, abandonou o Masters de Cincinnati para se focar no US Open, onde poderá chegar às 21 vitórias e distanciar-se dos dois rivais.