Desde que foi revelado em 2017 que o Roadster faz crescer água na boca de quem deseja um hiperdesportivo eléctrico que, por apenas 200.000 dólares, cerca de 168 mil euros, anuncia 1000 km de autonomia, 0-96 km/h em 1,9 segundos e 402 km/h. Valores que batem tudo o que é Ferrari ou Lamborghini, mas igualmente o Bugatti Chiron, que exige em troca 2,5 milhões de euros, antes de impostos.
Previsto inicialmente para 2020, o Roadster passou depois para 2022 e, num tweet, Elon Musk informou que iria derrapar um pouco mais, agora para 2023. No meio de tantas confusões e atrasos que têm assolado a indústria automóvel como um todo, adiar veículos novos é coisa vulgar, seja por dificuldades associadas à pandemia, seja devido à falta de semicondutores. Mas tudo indica que o problema do Roadster pode ser diferente.
2021 has been the year of super crazy supply chain shortages, so it wouldn’t matter if we had 17 new products, as none would ship.
Assuming 2022 is not mega drama, new Roadster should ship in 2023.
— Elon Musk (@elonmusk) September 1, 2021
Os 1,9 segundos de 0-96 km/h que promete já não impressionam, sobretudo depois da chegada ao mercado do Model S Plaid com os seus 1,99 segundos. Da mesma forma que os 402 km/h de velocidade máxima impõem respeito, mas não tanto depois de o Plaid anunciar 322 km/h. O argumento comercial mais impressionante do Roadster (e mais difícil de conseguir) assenta nos 1000 km/h de autonomia, para os quais a Tesla necessita das novas células 4680, as cilíndricas de maiores dimensões que garantem mais energia e menos custos, mas até agora difíceis de produzir em grande série. E a Tesla necessita delas para as versões mais performantes de todos os seus modelos, do Model Y ao Model S Plaid+, passando pela Cybertruck, Semi e, claro está, o Roadster.