Christian Brückner teve uma infância com tratamentos cruéis por parte dos pais adotivos, diz um novo livro que investiga o caso de Madeleine McCann com foco no atual principal suspeito do desaparecimento — o alemão Brückner.

A sua infância ficou marcada por “abusos horrorosos”, tais como ficar trancado em quartos durante várias horas e ser espancado com um cinto, conta o livro My Search for Madeleine (“A Minha Busca por Madeleine”), do jornalista Jon Clarke, citado pelo jornal The Times.

O homem, agora com 44 anos, está a ser investigado pelo desaparecimento de Maddie desde que foi condenado, em 2019, pela violação de uma turista idosa americana — em 2005 — numa residência perto do apartamento onde a família McCann estava a passar férias em 2007, no resort da Praia da Luz. Era lá, inclusive, que Brückner morava na altura do desaparecimento. Ainda assim, o suspeito nega qualquer envolvimento no caso da menina britânica.

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Os residentes da cidade onde Brückner vivia — Wurtzburgo, no estado de Baviera — disseram a Jon Clarke que os pais apenas o adotaram, em conjunto com outras duas crianças, devido ao benefício monetário que passaram a receber do Estado alemão. Já a mãe biológica vivia “por cima de uma pousada” e socializava com criminosos locais, afirma o livro.

Ao passo que o pai costumava “chicoteá-los nos rabos nus, enquanto gritava ‘se chorarem, haverá mais'”, a mãe dizia que crianças como aquelas “tinham de ser rigorosamente disciplinadas”, pode ainda ler-se no livro.

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Christian Brückner já chama a atenção da polícia alemã desde criança, pelos comportamentos que tinha com outros jovens, tendo sido condenado pela primeira vez com 15 anos por um roubo. Fugiu da Alemanha para o Algarve, em Portugal, para evitar o processo que enfrentava na justiça por crimes de abuso infantil. Tinha cerca de 18 anos.