Um artigo publicado esta quarta-feira na revista científica Nature afirma que novas epidemias podem surgir de seres humanos infetados durante uma epidemia anterior, segundo a análise de 12 doentes infetados com o vírus Ébola na Guiné-Conacri.
“Mostramos claramente que, mesmo após quase cinco anos, novas epidemias podem surgir da transmissão por seres humanos infetados durante uma epidemia anterior”, lê-se no estudo, citado pela agência France-Presse.
A possibilidade resulta da análise de vírus retirados de 12 doentes infetados durante a anterior epidemia de Ébola, na Guiné-Conacri, país que faz fronteira com, entre outros, a Guiné-Bissau.
O surto, que terminou em junho, matou seis pessoas, um número baixo para uma doença relativamente pouco comum, mas particularmente mortal para os infetados.
O número contrasta fortemente com a epidemia de há alguns anos, que matou 11 mil pessoas entre 2013 e 2016 neste país africano e nos seus vizinhos.
Em cinco anos, aponta-se no estudo, o vírus mudou muito pouco, o que é uma surpresa, porque seria de esperar que o vírus tivesse sofrido uma mutação muito maior durante os últimos anos.
Costa do Marfim tem um caso de ébola e um suspeito. Não havia casos no país há mais de 25 anos