Manny Pacquiao, o atleta mais famoso das Filipinas, foi nomeado por uma fação do partido no poder, o PDP-Laban, como candidato nas próximas eleições presidenciais.
Sou um lutador. Serei sempre um lutador, dentro e fora do ringue”, comentou o boxeur depois da sua escolha.
Com o recorde de maior número de títulos mundiais (oito) de boxe em divisões de peso diferentes, Pacquiao ainda não sabe que adversário terá pela frente. Não o polémico Duterte, de quem já esteve próximo, isso é certo já que a lei não lhe permite novo mandato presidencial (atingiu o máximo de seis anos). O nome de Christopher “Bong” Go já esteve em cima da mesa, o da filha de Duterte também. Nomeado por uma fação rival do mesmo partido para concorrer ao cargo de Presidente, Christopher Go afirmou não querer suceder a Rodrigo Duterte.
As sondagens davam vantagem clara à filha do atual Presidente, surgindo assim como a candidata mais provável. No entanto, de acordo com a agência Reuters, Sara Duterte-Caprio não pretende entrar na corrida, preferindo candidatar-se a novo mandato de prefeita da cidade de Davao. Argumentou que não quer concorrer a uma posição no governo nas mesmas eleições do seu pai, apesar de as dois processos decorrerem em separado, segundo o Inquirer. Rodrigo Duterte pretende concorrer a vice-presidente, numa candidatura que está a ser vista pelos adversários como uma forma de se manter no poder, de acordo com a BBC.
Ou seja, a fação do partido PDP-Laban que apoia Duterte não tem, assim, de momento, um candidato para a presidência das Filipinas, sendo que ainda não é claro qual das fações do partido do atual governo será reconhecida pela Comissão Eleitoral das Filipinas.
I boldly accept the challenge of running as PRESIDENT of the Philippines. We need progress. We need to win against poverty. We need government to serve our people with integrity, compassion and transparency. The time is now. I am ready to rise to the challenge of leadership. ???????? pic.twitter.com/suN1zFTxyW
— Manny Pacquiao (@MannyPacquiao) September 19, 2021
Em julho, Pacquio, o líder do partido, tornou claro o seu afastamento de Duterte ao criticar a posição do seu colega de partido em relação à China e o seu histórico no combate à corrupção. O senador e boxeur afirmou, também, que mais de 169 milhões de euros (cerca de 10 mil milhões de pesos) em ajudas destinadas ao combate à pandemia de Covid-19 desapareceram, diz o The Guardian.
As acusações de Pacquio levaram a uma investigação por parte do parlamento filipino, de uma alegada sobrevalorização económica de material e equipamento médico, adquirido para fazer frente à Covid-19.
Manny Pacquiao é uma figura importante do país do Sudeste Asiático devido ao enorme sucesso na sua carreira de boxe e a sua campanha tem sido marcada sobretudo por promessas de combate à pobreza e à corrupção. No entanto, as sondagens apontam para uma vantagem de Sara Duterte-Carpio, apesar de esta se ter demarcado de uma possível candidatura.