O cabeça de lista do Chega à Câmara de Évora, Carlos Magno Magalhães, propôs esta segunda-feira a venda de prédios da empresa municipal de habitação social aos atuais inquilinos para conseguir as verbas necessárias para a construção de novas casas.
“Temos em mente vender o máximo de casas possível da propriedade da Habévora aos residentes, a preço de mercado, nunca a preço de especulação“, afirmou à agência Lusa o cabeça de lista do partido de André Ventura.
O objetivo desta medida, explicou, é, “com esse dinheiro” que resultar da venda, “construir novas casas para as cerca de 200 famílias que estão carenciadas de habitação social na cidade de Évora”.
“Haverá um contrato de direito de preferência da câmara, pelo menos entre 10 e 15 anos, para que as pessoas não comprem as casas e, depois, as vendam a preço de especulação”, sublinhou Carlos Magno Magalhães.
O candidato, que falava à margem de uma arruada do Chega pelo centro histórico de Évora, com a presença do líder do partido, André Ventura, prometeu ainda a construção, “a breve/médio prazo”, de um pavilhão multiúsos.
Esta infraestrutura, com 14 mil metros quadrados e um investimento previsto de “10 milhões a 12 milhões” de euros, será construído “a norte da cidade”, num terreno que está no mercado “a preços que não são por aí além”, adiantou.
Carlos Magno Magalhães indicou que em redor do futuro pavilhão multiúsos será também construída uma cidade desportiva, cujo investimento ficará a cargo de uma “empresa multinacional ligada ao desporto”.
“Nos próximos quatro anos, será construído, porque estamos a falar de empresários e de grandes multinacionais em que o amanhã para eles não conta, é o ontem e é para hoje. As coisas têm que ser feitas”, assinalou.
Segundo o candidato do Chega, o pavilhão multiúsos e a cidade desportiva ficarão localizados num terreno que tem as “infraestruturas todas ao nível da autoestrada, do IP2 [Itinerário Principal 2] e do TGV, quando ser feito”.
Outras das medidas propostas pelo cabeça de lista do Chega à Câmara de Évora é a transmissão na Internet de “todas as reuniões de câmara e da assembleia municipal”.
“Os munícipes terão que ter acesso a tudo o que é falado, porque, afinal de contas, nessas reuniões é onde se determina e onde se decide o futuro dos munícipes“, sublinhou.
Além disso, acrescentou, foi fixado o objetivo de tornar o município “ligado à era digital” para “tentar acabar com o papel” nos serviços municipais.
Nestas eleições, além de Carlos Magno Magalhães, estão na corrida à Câmara de Évora o presidente do município, Carlos Pinto de Sá (CDU — PCP/PEV), José Calixto (PS), Henrique Sim-Sim (PSD/CDS-PP/MPT/PPM), Raul Rasga (BE) e Florbela Fernandes (coligação formada por Nós, Cidadãos!/RIR).