A candidatura do BE a Santarém levou esta quarta-feira música ao Bairro de S. Domingos para mostrar que a política se faz “participada e com alegria“, mas foram poucos os que aceitaram dançar, preferindo bater o pé na assistência.

O Bloco de Esquerda é formado por um conjunto de pessoas que acham que a política só faz sentido se for participada, se for vivida, se for diversa e se for feita com alegria, com entusiasmo, com vontade de, de facto, transformar”, disse à Lusa a cabeça de lista do BE à Câmara de Santarém nas eleições de domingo, Fabíola Cardoso.

No centro da praceta amarela, no Bairro de S. Domingos, os elementos do grupo Dançarém foram explicando os passos de dança e conduzindo as perto de duas dezenas de pessoas que quiseram soltar-se e deixar-se ir ao ritmo da música.

A assistência foi crescendo, nas esplanadas e nos bancos em redor, mas preferiu ficar a ver e foi-se retirando com o cair da noite e o início da breve sessão que contou com a participação do fundador do BE Francisco Louçã.

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Fabíola Cardoso salientou a “diferença” na forma como o partido tem feito esta campanha, com “um crescente de participação, de envolvimento, de ideias e de alegria”, que quer trazer para os órgãos autárquicos.

“Queremos reforçar a nossa participação na Assembleia Municipal e queremos ser a voz da diferença, a voz da mudança na Câmara Municipal de Santarém”, uma “voz clara que se oponha a este conservadorismo que gera atraso e que tem feito com que os jovens continuem a sair” de Santarém, “um concelho cada vez mais atrasado, quando comparado com outros concelhos limítrofes”.

Acreditando na sua eleição para o executivo municipal escalabitano, a atual deputada à Assembleia da República referiu o conjunto de temas “estruturantes” que marcam a campanha do BE em Santarém, com ações em torno da cultura, da saúde, da educação, da agricultura, da indústria, dos transportes.

“Nós queremos trazer um novo rumo que responda aos problemas concretos das pessoas, agora, mas que construa um futuro sustentável para todos e para todas, para que os jovens possam viver e ter vontade de viver em Santarém”, declarou.

Fabíola Cardoso referiu a aposta numa “agricultura sustentável, que fixe populações nas zonas rurais, que não destrua as linhas de água nem o solo”, numa saúde pública, que, em tempos de pandemia, “mostrou que é a solução”, numa “indústria que não polua e que ofereça condições de trabalho dignas”, numa “cultura não censurada” e que “chegue a todo o concelho”, envolvendo as populações, na articulação dos diferentes modos de transporte e na promoção da diversidade.

“Tentámos fazer uma campanha muito abrangente, que demonstra que não só fomos oposição em Santarém [mesmo se com apenas um eleito na Assembleia Municipal], mas que queremos ser a solução”, disse, sublinhando o lema da campanha, que preconiza um concelho “para todos e para todas”.

O atual presidente do município escalabitano, Ricardo Gonçalves (PSD), concorre a um terceiro mandato, candidatando-se, ainda, à presidência da Câmara de Santarém, nas eleições do próximo dia 26, o socialista Manuel Afonso, a bloquista Fabíola Cardoso, o comunista André Gomes, pela CDU, o dirigente do Chega Pedro Frazão, o técnico de recursos humanos Alexandre Paulo (CDS-PP), a docente de informática e robótica Rita Lopes (PAN) e o gestor de produto Marcos Gomes (IL).