O Índice de Preços da Habitação (IPHab) calculado pelo INE subiu 6,6% em termos homólogos no segundo trimestre, 1,4 pontos percentuais acima do trimestre anterior. Entre abril e junho de 2021 transacionaram-se 52.855 habitações, mais 58,3% do que no mesmo período do ano anterior.
“No 2º trimestre de 2021, o Índice de Preços da Habitação (IPHab) cresceu 6,6% em termos homólogos, 1,4 pontos percentuais (p.p.) acima do observado no trimestre anterior. Neste período, os preços das habitações novas aumentaram a um ritmo superior ao das habitações existentes, 6,9% e 6,5%, respetivamente”, indicou o INE em nota divulgada esta quarta-feira.
O INE acrescenta que, “em relação ao trimestre anterior, o IPHab aumentou 2,2% (1,6% no 1º trimestre de 2021). Por categoria, o aumento dos preços foi mais intenso nas habitações novas (3,5%) que nas habitações existentes (1,8%).
Entre abril e junho de 2021 transacionaram-se 52.855 habitações, mais 58,3% face a idêntico período do ano anterior, acrescenta o INE. “Este aumento expressivo deve-se em parte a um efeito de base dado que a comparação homóloga incide nos meses de abril a junho de 2020, período caraterizado por restrições significativas sobre a atividade económica em consequência das medidas de contenção da pandemia COVID-19 que implicaram o número (e valor) mais baixo de transações desde o 3º trimestre de 2016”, explica o instituto.
Por meses, o aumento do número de transações fixou-se em 75,1%, em abril, reduzindo-se para pouco mais de 50% nos dois meses seguintes. Em valor, no trimestre de referência, as habitações transacionadas contabilizaram aproximadamente 8,6 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 66,5% em termos homólogos. Abril foi o mês com o crescimento mais expressivo, com uma taxa de variação homóloga de 72,4%, seguindo-se junho e maio com variações de 64,3% e 63,9%, respetivamente”, acrescenta o INE.
O INE diz, ainda, que no 2º trimestre de 2021 foram transacionadas 17.454 habitações na Área Metropolitana de Lisboa. Esta região concentrou 33,0% do total das transações, menos 2,1 pontos percentuais face ao período homólogo. No Norte registaram-se 14.830 transações, correspondendo a 28,1% do total (menos 0,6 pontos percentuais).
O Centro, com 10.763 transações foi a região com o maior incremento de peso relativo, mais 1,3 pontos percentuais para ascender a 20,4% do total.
Em termos de valor transacionado, entre abril e junho de 2021, as transações de alojamentos localizados na Área Metropolitana de Lisboa representaram 45,9% do valor total, a percentagem mais elevada do último ano, ainda assim, inferior em 0,8 pontos percentuais à apurada para o 2º trimestre de 2020.
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O valor das habitações transacionadas no Norte ascendeu a aproximadamente 2,0 mil milhões de euros, enquanto no Centro atingiu os 1,1 mil milhões de euros, observando-se reduções dos respetivos pesos relativos (-1,5 p.p. e -0,2 p.p., respetivamente). O Algarve, com um valor total de 902 milhões de euros foi a região onde se observou o maior incremento da quota regional,
1,6 p.p., para um total de 10,5%.