Centenas de bens penhorados na Quinta de Cima, onde vivia João Vale e Azevedo e a mulher, foram libertados pelo Juízo de Execução de Sintra, ao fim de 14 anos penhorados no âmbito de um processo de execução interposto por uma sociedade imobiliária inglesa por créditos em falta de dois milhões de euros, de acordo com uma notícia do jornal Público. A lista é longa e nela cabem quadros, faqueiros, louças de Cantão, de Limoges e da Vista Alegre, tapetes de Arraiolos e várias peças de mobiliário.

A decisão foi tomada pelo magistrado judicial do Juízo de Execução de Sintra por entender que não foi dado como provado que os verdadeiros donos da quinta em Sinta e do seu recheio, penhorado, são Vale e Azevedo e sua mulher, embora vivessem lá. Os bens são da propriedade de uma empresa detida por uma outra com sede no Luxemburgo — esta última tem como acionistas duas outras sociedades com sede no Panamá.  Para o magistrado judicial, a empresa proprietária dos bens penhorados apenas serviu como “testa de ferro” do casal.

Apartamento de luxo e carro de 100 mil euros. A vida de Vale e Azevedo em Londres

Em 2007, essa sociedade, a St. James Group Limited, avançou judicialmente contra o ex-presidente do Benfica e a sua mulher por incumprimento de um contrato de promessa de compra e venda de um imóvel em Sintra, a Quinta de Cima. A penhora desses bens servia de garantia para os créditos em falta, num total de dois milhões de euros. Desta forma, os bens foram arrestados em janeiro desse ano e colocados num armazém em Pêro Pinheiro, no concelho de Sinta.

Só que a empresa Imaved-Investimentos Imobiliários fez um pedido de embargo, alegando ser “legítima dona e possuidora do imóvel, onde se encontra a sua sede, na Quinta de Cima, que adquiriu à Sofija – Investimentos Imobiliários, no dia 13 de Novembro de 1997, bem como do recheio da casa de habitação aí instalada, que está arrendada à respetiva presidente de administração, Filipa de Matos Vale e Azevedo”, cita o Público.

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