O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, disse esta sexta-feira que a modalidade não pode parar e “esperar que o poder político se organize”, na sequência da dissolução do parlamento, pedindo respostas céleres.
O futebol profissional não pode parar, nem pode esperar que o poder político se organize, portanto, aquilo que queremos, pedimos e exigimos é que rapidamente o poder executivo encontre o seu rumo, porque muitas vezes o futebol é criticado por não ter esse rumo”, sublinhou Pedro Proença, na cerimónia de tomada de posse do novo presidente do Marítimo, Rui Fontes, no Funchal.
O presidente da LPFP destacou a existência de “um quadro reivindicativo, no que diz respeito ao futebol profissional”, assinalando que o mesmo já é do conhecimento do poder político.
Aquilo que queremos é que as sessões sejam retomadas de forma célere. Questões como o enquadramento fiscal, problemas com o cartão do adepto. Há uma série de respostas que têm de ser dadas de forma muito rápida”, ressalvou o dirigente, apelando a que o governo “arrume rapidamente a sua casa e dê respostas ao desporto e ao desporto profissional”.
Quando foi questionado sobre se tem receio que as respostas apenas surjam após as eleições, marcadas para 30 de janeiro, Pedro Proença, reforçou a urgência das decisões, garantindo que têm de ser dadas “de forma imediata”.
“Estamos num processo pós-pandémico. Nos números que foram apresentados, o futebol profissional teve um impacto negativo de mais de 200 milhões de euros, não foi potenciado com os dinheiros que vêm do PRR, portanto, há um quadro reivindicativo que o futebol profissional suscitou há já algum tempo”, frisou.
O cartão do adepto “é uma das medidas que precisa de uma reflexão imediata”, segundo o dirigente desportivo, explicando que é “algo positivo, mas que há muita coisa para alterar”.
“Queremos que rapidamente o público volte aos estádios, não podemos criar condições que obstaculizem a vinda dos adeptos aos estádios, portanto, aquilo que queremos é que rapidamente o novo executivo possa reponderar àquilo que é a nova lógica do cartão do adepto”, afirmou o ex-árbitro, garantindo que a Liga “será sempre um contribuinte para uma reflexão positiva sobre estas e outras matérias”.