O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, disse esta segunda-feira que o país não quer um conflito na fronteira com a Polónia, na sequência da crise migratória.

“Tenho de sublinhar que nós não queremos nenhum conflito na nossa fronteira. Para nós seria totalmente prejudicial“, afirmou Lukashenko citado pela agência de notícias oficial Belta.

Por outro lado, o Presidente da Bielorrússia acusou a Polónia de “precisar” desta crise devido a “problemas internos” com os parceiros da União Europeia.

O Presidente bielorrusso disse ainda que o país está a trabalhar “ativamente” para fazer com que os migrantes “regressem a casa”, mas sublinhou que as pessoas “não querem partir”.

“Estamos prontos, como sempre o fizemos, a colocá-los a todos em aviões (…) de volta a casa”, afirmou o chefe de Estado da Bielorrússia. “Desenvolvemos um trabalho para convencer essas pessoas: dizemos ‘por favor, voltem’ mas ninguém quer voltar”, acrescentou.

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Milhares de pessoas, sobretudo do Médio Oriente encontram-se em acampamentos precários, numa altura em que se verifica uma descida acentuada das temperaturas, no território bielorrusso junto à fronteira com a Polónia.

A União Europeia acusa Minsk de organizar os movimentos migratórios com a autorização de vistos e fretando voos como forma de retaliação contra as sanções ocidentais impostas ao regime da Bielorrússia.

As sanções foram aplicadas após a repressão do regime contra a oposição que reclama a vitória nas eleições presidenciais de 2020.

Entretanto, a companhia aérea bielorrussa Belavia anunciou domingo que cidadãos sírios, iraquianos, afegãos e iemenitas foram proibidos de voar do Dubai para Minsk. Na sequência de pressões diplomáticas de Bruxelas, a Turquia proibiu os cidadãos destes países entrar na Bielorrússia.

A companhia de aviação privada síria, Cham Wings Airlines, também interrompeu os voos para a capital da Bielorrússia.