O comércio eletrónico B2C de produtos cresceu em Portugal 46% em 2020, para um valor total de cerca de 4,4 mil milhões de euros, de acordo com as conclusões do CTT e-Commerce Report 2021 esta terça-feira divulgado.

Segundo o relatório, “o e-commerce’ B2C [business-to-consumer, quando as empresas fazem vendas diretamente ao consumidor final] de produtos em 2020 cresceu 46% em Portugal”, o que representa mais 26 pontos percentuais do que o registado em 2019, ano em que o crescimento foi de 20%.

Em 2020, o valor total do comércio eletrónico foi “na ordem de 4,4 mil milhões de euros”, refere o relatório.

“O mercado doméstico relativo aos fluxos dos e-sellers [vendedores online] que atuam em Portugal cresceu na ordem dos 70%, tendo sido consequentemente o segmento mais dinâmico, ao contrário dos fluxos de inbound, fortemente impactados pelas ruturas das cadeias de abastecimento e transportes internacionais”, lê-se nas conclusões do documento.

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Considerando a recolha de informação realizada junto dos ebuyers [compradores online] aquando da realização deste estudo (julho a setembro de 2021), estima-se um crescimento do valor do mercado para o final deste ano claramente ainda acima dos 20%”, adianta.

O relatório aponta que os portugueses têm vindo a aderir às compras na Internet, sendo que “cerca de 4,4 milhões” fizeram, pelo menos, uma compra online durante o ano passado.

“Estima-se que no final de 2021 serão já 4,6 milhões de portugueses a comprar online“, perspetiva o relatório.

Também se verificou “um aumento do número de compras de produtos no comércio eletrónico”, com 18,7 compras anuais em 2020, o que representa uma subida de 18,3% face a 2019, “bem como do valor gasto em cada compra de produtos (53,4 euros).

“A previsão para o final de 2021 coloca o número de compras online de produtos em 20,4 e o valor médio de cada compra de produtos” a subir “para 52,7 euros”, estima o relatório.

Quanto ao perfil do comprador online português, este “é equilibrado em termos de género, ainda que os compradores do sexto masculino (51,2%) superem ligeiramente os do sexo feminino”.

O comprador online português (e-buyer) “é proveniente maioritariamente das faixas etárias entre os 25-54 anos (80,5%) e habita nas principais áreas metropolitanas (Lisboa e Porto)”.

No que se refere à origem das compras, “e como consequência dos efeitos da pandemia nos transportes e cadeias de abastecimentos internacionais”, o crescimento a e-sellers de Portugal e Espanha “ganhou peso importante”.

Em sentido inverso, regista-se uma queda “mais acentuada” nas compras com origem na China e no Reino Unido.

Sobre o que compram mais os portugueses ‘online’, o relatório aponta um “aumento das compras na generalidade das categorias”.

No entanto, o vestuário e o calçado mantém-se como a categoria onde se fazem mais compras, ou seja, mais de dois terços (68%).

Depois segue-se a categoria de eletrónica e computadores, com 59%, e a higiene e cosmética, com 44%.

Livros e filmes são também uma das categorias mais compradas, com 41%, seguida da eletrodomésticos (32%), utensílios para o lar (31%), material de desporto (31%) e telemóveis (29%).

A categoria equipamentos eletrónicos e informáticos “é a que mais cresce (58,5%).