A ópera encenada vai voltar ao palco do Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa, em março de 2022, com “La Bohème”, de Puccini, com encenação de Emilio Sagi e direção de Domenico Longo, anunciou esta terça-feira a instituição.
A peça vai ter produção da Ópera de Oviedo e récitas nos dias 11, 13, 15, 17 e 19 de março, de acordo com a programação da temporada, divulgada pelo Teatro Nacional de São Carlos (TNSC).
Na interpretação vai estar “um elenco maioritariamente português”, com Susana Gaspar (como Mimì, em duas récitas, com Natalia Tanasii nas restantes três), Christian Luján (Marcello), Bárbara Barradas (Musetta) e André Henriques (Colline).
Em maio, o novo maestro titular da Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP), Antonio Pirolli, vai poder dirigir o agrupamento em nova encenação, no caso “Faust”, de Charles Gounod, por Alfonso Romero Mora, numa produção da Ópera de Las Palmas.
Na interpretação de “Faust”, em cena nos dias 18, 20 e 22 de maio, vai estar o tenor sul-coreano Mario Bahg (como Faust) e a soprano Irina Lungu (enquanto Marguerite), acompanhados por Rubén Amoretti (Méphistophélè) e André Baleiro (Valentin).
A terceira ópera encenada da primeira metade de 2021 no TNSC é “Andrea Chénier”, de Umberto Giordano, que, segundo a sala lisboeta, não é apresentada naquele palco desde 1967.
“Andrea Chénier”, nos dias 24, 26 e 28 de junho, tem coprodução do Teatro Lírico do Trieste com a Ópera de Maribor e vai ser encenada por Sarah Schinasi, com Pirolli novamente à frente da OSP.
A interpretar vai estar Marco Berti (como a personagem titular), Elisabete Matos (enquanto Maddalena di Coigny) e Claudio Sgura (no papel de Carlo Gérard).
As três óperas contam ainda com o Coro do TNSC.
“Saliento, inevitavelmente, a inclusão de um título que há mais de 50 anos não era apresentado neste teatro e que, desta forma, corresponde à responsabilidade que o Teatro Nacional tem de apresentar obras de grande qualidade, ainda que menos conhecidas do público e ausentes do grande repertório das casas de ópera”, afirmou, citada em comunicado, a diretora artística do TNSC, Elisabete Matos.
A temporada de 2022 começa com dois concertos de Ano Novo, nos dias 02 e 03 de janeiro, no TNSC e no Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada, respetivamente, que consistem na apresentação pela OSP e pelo Coro de peças de Johann Strauss II, Verdi e Ponchielli.
No dia 21 de janeiro, a OSP, sob direção de José Eduardo Gomes, vai interpretar, no TNSC, obras de Prokofiev, Ravel e a ‘suite’ do “Pássaro de Fogo”, de Stravinsky, com destaque ainda para a estreia mundial de “O Monstrengo”, de Marco Pereira, que venceu a primeira edição do ABC…Compositores! Prémio Incentivo à Composição.
Até junho haverá espetáculos entre o TNSC, o Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, e o Joaquim Benite, em Almada, com destaque para o Requiem, de Verdi, pela OSP com o Coro (14 e 16 de abril, no TNSC, a coincidir com a época da Páscoa), e para o Concerto para violino e orquestra e a Sinfonia n.º 2, de Luís de Freitas Branco (08 de maio, no CCB), também pela OSP.