O Canal de Suez registou em 2021 uma receita anual recorde de 6.300 milhões de dólares (5.540 milhões de euros), mais 12,8% face a 2020, apesar do bloqueio que em março provocou uma crise naquela travessia marítima e no transporte marítimo mundial, quando o porta-contentores Ever Given encalhou.
Num comunicado divulgado este domingo, o presidente da Autoridade de Gestão do Canal de Suez, Osama Rabie, é citado dizendo que o canal artificial alcançou “a maior receita anual da sua história” e o trânsito da “maior tonelagem líquida anual, com 1.270 milhões de toneladas, em 2021”.
Em 2021, o canal faturou 6.300 milhões de dólares, superando os 5.600 milhões de dólares (4.924 milhões de euros) do ano anterior, lê-se no comunicado, segundo o qual passaram no ano passado pelo canal, nos dois sentidos, 20.694 navios, contra 18.830 em 2020.
No total, esses navios transportaram cerca de 1.270 milhões de toneladas, mais 100 milhões do que em 2020.
OsamaRabie destacou que a percentagem do volume do comércio mundial que passou pelo Canal de Suez, um dos maiores do mundo, atingiu cerca de 8,5% em 2021.
Este balanço anual, “sem precedentes” na história do canal, ocorre num ano em que esta via marítima viveu uma das suas mais graves crises, quando o porta-contentores Ever Given encalhou, bloqueando o Canal do Suez durante seis dias e interrompendo parte do comércio mundial, o que causou prejuízos entre 72 e 90 milhões de dólares (63,3 a 79,1 milhões de euros), segundo dados oficiais.
Durante o bloqueio do porta-contentores, mais de 400 navios ficaram bloqueados, quer a norte, quer a sul do canal, enquanto outros foram forçados a seguir uma rota alternativa pelo extremo sul de África.
Como um porta-contentores encalhou no Suez e complicou todo o comércio internacional