O português Joaquim Rodrigues Jr. (Hero) foi, segunda-feira, sexto classificado na segunda etapa da 44.ª edição do rali Dakar de todo-o-terreno, que chegou a ser liderada por Rui Gonçalves (Sherco).
O piloto transmontano acabaria na 12.ª posição, a 13.48 minutos do vencedor, o espanhol Joan Barreda (Honda), que conquistou o 28.º triunfo em etapas na carreira, sendo o terceiro mais vitorioso, a cinco dos franceses Cyril Despres e Stéphane Peterhansel, que têm 33.
Gonçalves chegou a ter 5.56 minutos de vantagem à passagem do primeiro controlo de passagem, ao quilómetro 40, mantendo a liderança até ao terceiro ponto de controlo, ao quilómetro 119 dos 338 cronometrados.
“Foi um dia bastante positivo, consegui imprimir um bom andamento logo desde o início da etapa e sentir-me bem com a minha Sherco. Depois do dia difícil de ontem [domingo] foi muito bom poder rodar ao meu ritmo, fui apanhando alguns pilotos e percebi que as coisas estavam a correr bem. Ainda assim optei por uma condução mais cautelosa, sem cometer erros nem correr riscos. Consegui manter sempre a concentração e tudo isto levou-me ao positivo 12.º lugar“, contou Rui Gonçalves, que está agora na 48.ª posição da geral.
O britânico Sam Sunderland (GasGas) foi o segundo classificado, a 5.33 minutos de Barreda, seguido do argentino Kevin Benavides (KTM), a 5.54 minutos.
Joaquim Rodrigues Jr. (Hero) foi o melhor português, ao fechar o dia na sexta posição, a 10.18 minutos do vencedor.
“Foi um dia bom para mim, quase que uma recompensa, depois de ter perdido muito tempo na especial 1B. Consegui imprimir um bom ritmo desde o início e apanhei os pilotos que saíram à minha frente”, explicou o barcelense, que está na 18.ª posição, a 45.13 minutos do líder.
Com estes resultados, Sam Sunderland é o novo líder, com 2.51 minutos de vantagem sobre o francês Adrien van Beveren (Yamaha) e 4.08 minutos sobre o austríaco Mathias Walkner (KTM).
O italiano Danilo Petrucci, com problemas mecânicos na sua KTM sofridos ao quilómetro 115, requisitou resgate aéreo à organização da prova devido à impossibilidade de reparar a avaria, mas deverá continuar em prova, com uma penalização de 11:31 horas.
Daniel Sanders (GasGas), o anterior líder, teve um dia negativo, cedendo 24.58 minutos na etapa, que deveria ter sido a primeira parte de uma etapa maratona, mas que, devido à chuva, acabou por ser uma etapa tradicional, obrigando ao cancelamento da tirada do Dakar Classic.
Aos problemas de navegação juntou uma penalização de 10 minutos, caindo para sétimo da geral, a 13.29 minutos do comandante.
Também o chileno Pablo Quintanilla (Honda), que era segundo, se atrasou ao terminar na 26.ª posição, a 30.53 minutos.
António Maio (Yamaha) também sofreu, mas devido a uma fuga de combustível a cinco quilómetros do reabastecimento.
“Estava a rolar com bom ritmo até ter tido, infelizmente, uma fuga que me fez perder a gasolina apenas a cinco quilómetros de uma das assistências, o que me atrasou cerca de 30, 40 minutos. Graças à ajuda de outro piloto consegui retomar a etapa. Este contratempo fez-me perder uma série de posições, pois até lá seguia nos 20 primeiros”, lamentou o alentejano, que é 29.º, a 1:04.45 horas.
Já Mário Patrão (KTM), que participa na categoria Original by Motul para pilotos que competem sem assistência, recuperou 12 posições, depois dos problemas mecânicos sofridos na véspera, concluindo o dia em 54.º.
Arcélio Couto (Honda) é 85.º, um lugar à frente de Mário Patrão.
Pedro Biachi Prata (Honda) é 88.º e Paulo Oliveira (KTM) 95.º
Nos automóveis, o francês Sébastien Loeb (BRX) somou o 15.º triunfo na prova, primeiro nesta edição, ao bater o catari Nasser Al-Attiyah (Toyota) por 3.28 minutos.
O espanhol Carlos Sainz (Audi), que na véspera cedeu muito tempo devido a uma falha de navegação, foi terceiro, a 5.52 minutos do vencedor, seguido do francês Stéphane Peterhansel (Audi), que terminou a 7.56 minutos.
Miguel Barbosa (Toyota) foi 55.º, a 1:26.38 horas.
Na geral, Al-Attiyah mantém a liderança, com 9.16 minutos sobre Loeb.
“A discussão deve ser entre nós os dois“, admitiu o piloto do Qatar.
O argentino Lúcio Alvarez (Toyota) é terceiro, mas já a 40.53 minutos.
Miguel Barbosa é 48.º, a 3:52.09 horas.
Nos veículos ligeiros, Mário Franco (Yamaha) foi 10.º e ocupa igual posição na geral.
Na categoria de SSV, Luís Portela de Morais (Can-Am) perdeu algum tempo ao ser apenas 16.º, enquanto Rui Oliveira (Can-Am) foi 24.º.
Na geral, Portela de Morais é agora 11.º e Rui Oliveira 20.º.
Na terça-feira disputa-se a terceira etapa, em redor de Al Qaisumah, com 255 quilómetros cronometrados.