De entre as várias superstições que pautam o nosso quotidiano, muitas não têm uma resposta concreta para a sua origem.
É o caso da crença de que abrir um guarda-chuva dentro de casa acarreta má sorte, e à qual o El Confidencial tenta dar uma resposta. As teorias, contudo são muitas.
Uma delas remonta ao século XII antes de Cristo, e relaciona-se não com os guarda-chuvas, mas sim com os sombreiros. Para os antigos sacerdotes egípcios, assim como a realeza, era comum procurar refúgio dos raios solares debaixo de sombreiros feitos de penas de pavão ou de papiro. Para o Reader’s Digest, esta crença pode ter começado uma vez que abrir estes guarda-sóis no interior, por se estar já num sítio onde os raios de sol não chegavam, irritaria o deus egípcio Ra — o deus do Sol — o que acarretaria graves consequências.
Ainda em relação ao antigo Egito, uma outra hipótese, explicada pelo site HowStuffWorks, relaciona os primeiros sombreiros com a simbologia da deusa Nut — deusa egípcia do Céu e protetora da Terra — pelo que a sombra dos primeiros guarda-sóis ancestrais adquiria um peso sagrado.
Noutra teoria, é tido como certo que se alguém que possuísse sangue que não fosse da nobreza abrisse um guarda-chuva, acabaria por trazer azar para as pessoas à sua volta.
Uma última hipótese, mais realista, explica que esta superstição “surgiu como um impedimento para abrir os guarda-chuvas no interior porque poderiam lesionar alguém” ou partir algum objeto valioso da casa, escreve o El Confidencial.
Popularizados durante a época vitoriana, no século XIX, os guarda-chuvas como os concebemos hoje em dia partiram da invenção de Samuel Fox, e o modelo por si desenhado incluía um mecanismo de mola que, não tão aperfeiçoado como nos dias de hoje, permitia ao guarda-chuva abrir-se rapidamente, mas também de forma perigosa.