O primeiro número de um catálogo de literatura portuguesa online, que disponibiliza excertos de obras de autores traduzidos para inglês, como Vitorino Nemésio, José Cardoso Pires e Carlos de Oliveira, está online a partir desta terça-feira.

O anúncio foi feito pelo Ministério da Cultura, que participa no projeto através da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), em parceria com o Instituto da Cooperação e da Língua (Camões, I.P.) e a Imprensa Nacional.

Denominado “Gram Bem Querer – literatura portuguesa”, este catálogo “apresenta excertos de obras de autores de língua portuguesa traduzidos para inglês, disponibilizando também informação fundamental para o conhecimento tanto dos autores como das obras”, explica o Ministério da Cultura, em comunicado.

O objetivo desta iniciativa é dar a conhecer, a um público mais vasto, as obras e os autores da literatura portuguesa, mostrando, ao mesmo tempo, “o seu dinamismo e a sua força criativa”.

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O primeiro número do catálogo, já disponível, apresenta textos de autores da literatura portuguesa do século XX, como Agustina Bessa-Luís, Nuno Bragança, Jorge de Sena, Ruben A., Maria Ondina Braga, Maria Velho da Costa e Manuel António Pina, além de Vitorino Nemésio, José Cardoso Pires e Carlos de Oliveira.

Disponibiliza também obras de autores mais recentes como Hélia Correia, Luísa Costa Gomes, Luís Quintais, Isabela Figueiredo, Filipa Melo, Bruno Vieira Amaral e Djaimilia Pereira de Almeida.

“Este catálogo será, assim, um instrumento essencial para aproximar os autores e as suas obras dos seus potenciais leitores”, desde o público em geral, tanto em Portugal como no estrangeiro, como – e principalmente – de especialistas e investigadores ou de tradutores e editores.

A ideia é que este catálogo funcione também como uma ferramenta complementar às linhas de apoio à tradução e à edição, promovidas pela DGLAB e pelo instituto Camões.

Os versos que dão nome ao catálogo evocam os primeiros momentos da literatura portuguesa e, em particular, a figura do rei Dinis.

Foi por sua iniciativa que a Chancelaria adotou o galaico-português enquanto língua oficial, um marco fundamental na história da língua portuguesa, uma língua que, depois, viajou pelo mundo, explica o ministério no comunicado.

“É este um dos propósitos deste catálogo, que a literatura em língua portuguesa viaje, que os nossos autores construam novos portos, que as nossas grandes obras sejam cada vez mais conhecidas e que haja cada vez mais curiosidade pela cultura portuguesa”, lê-se na informação divulgada.

O catálogo pode ser consultado aqui.