Carlos Carvalhal mostrou esta sexta-feira vontade de o Sporting de Braga vencer o Paços de Ferreira, no sábado, na 22.ª jornada da Liga de futebol, e frisou a importância de os treinadores “terem tempo para fazerem o seu trabalho”.

O presidente ‘arsenalista’, António Salvador, disse, em entrevista televisiva esta semana, estar dececionado pelo número de pontos alcançados pelo Sporting de Braga e Carlos Carvalhal concordou, trazendo à baila os treinadores e presidentes de FC Porto, Sporting e Benfica.

“Se perguntarem ao Sérgio Conceição ou ao Pinto da Costa, ao Rúben Amorim ou ao Frederico Varandas, ao Nélson Veríssimo ou ao Rui Costa, todos eles vão dizer que esperavam ter mais pontos e são as equipas que estão no topo. Todos nós esperávamos ter mais pontos”, disse.

Carlos Carvalhal termina contrato no final da presente temporada e, questionado sobre uma eventual continuidade, disse que é uma questão que “não se coloca” neste momento e que terá que ser feito um “rescaldo” no final da época.

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O técnico deu os “parabéns” à seleção nacional de futsal, ao selecionador Jorge Braz e à Federação Portuguesa de Futebol pelo bicampeonato europeu conquistado nos Países Baixos, no último sábado, e, frisando não estar a enviar uma “indireta” a ninguém, nem a falar do seu caso pessoal, enalteceu o papel federativo na manutenção do treinador.

“É um bom exemplo de um trabalho em que se acredita na capacidade técnica dos treinadores. [O Jorge Braz] teve oito ou nove anos sem ganhar absolutamente nada e neste momento ganha competições internacionais, é campeão da Europa e do mundo”, frisou.

Para Carlos Carvalhal, “tem que haver tempo para os treinadores fazerem o seu trabalho: as equipas perdem mais vezes do que ganham, é preciso saber ganhar e ter a estabilidade quando não se ganha de saber se as coisas funcionam e se se deve dar sequência ou não”.

O técnico lembrou mesmo uma fase má do Sporting de Braga, com as eliminações da Taça da Liga pelo Boavista (5-1) e Taça de Portugal pelo Vizela (1-0).

“Estávamos muito limitados nessa altura, gostaria de ter tido mais opções do que as que tive, mas a confiança do presidente foi de extrema importância e um sintoma de maturidade do nosso presidente”, disse.

Os bracarenses perderam na última jornada, no ‘dérbi’ do Minho com o Vitória de Guimarães (2-1), enquanto o Paços de Ferreira vem de um ciclo de cinco rondas seguidas sem ganhar.

Carlos Carvalhal notou que o Sporting de Braga não ganha [em casa] ao Paços de Ferreira desde 2017 e, por isso, tem “mais um pequeno borrego para ‘matar'”.

Sobre o desaire com o Vitória de Guimarães, tendo jogado com mais uma unidade cerca de 40 minutos, o treinador identificou a pecha do “jogo direto” como uma das principais causas da derrota.

“Usámos e abusámos das bolas nas costas da defesa contrária, o que não é uma nossa característica, foi um comportamento muito precipitado no momento de ter a bola, podíamos e devíamos ter circulado mais a bola. Estivemos melhor 11 contra 11 do que 11 contra 10“, disse.

Os minhotos estão a nove pontos do terceiro classificado, o Benfica, e têm mais quatro do que o quinto, o Gil Vicente, mas Carlos Carvalhal diz que a equipa bracarense olha apenas para si própria.

“Não olhamos nem para cima, nem para baixo, mas para nós, para tentar fazer o máximo número de pontos e seguir o mais longe possível na outra prova [Liga Europa]”, disse.

Sporting de Braga, quarto classificado, com 38 pontos, e Paços de Ferreira, 12.º, com 21, defrontam-se a partir das 15h30 de sábado, no Estádio Municipal de Braga, jogo que será arbitrado por Gustavo Correia, da Associação de Futebol do Porto.