Quando o Sporting defrontou o Manchester City nos oitavos de final da Liga dos Campeões, tanto em Alvalade como em Inglaterra, Rúben Amorim explicou que nunca poderia antecipar a forma como Pep Guardiola iria montar a equipa porque o treinador tem centenas de táticas, estratégicas e desenhos na cabeça. Se o futebol do City já demonstra isso mesmo, o próprio Guardiola confirmou-o na antevisão da partida contra o Atl. Madrid.

“Penso sempre demasiado para os jogos da Liga dos Campeões. Crio sempre novas táticas e ideias e amanhã vão ver uma nova. Penso mesmo demasiado, é por isso que tenho resultados muito bons na Liga dos Campeões. Adoro fazer isto, seria aborrecido se jogasse sempre da mesma forma”, explicou o treinador, acrescentando depois que escolher jogadores também é escolher personalidades.

“Cada jogador tem uma mãe e um pai e a mãe e o pai de cada jogador atribuíram personalidades diferentes aos jogadores. É por isso que adoro pensar muito e criar táticas estúpidas. Quando não ganhamos, somos castigados. Vou inspirar-me e amanhã vou mostrar táticas inacreditáveis. Vamos jogar com 12!”, brincou Guardiola. Certo é que, com 11 ou com 12, o Manchester City teria de se apresentar forte e personalizado para vencer um Atl. Madrid assente em seis vitórias consecutivas.

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No Etihad, na primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões e depois de o City ter afastado o Sporting e o Atl. Madrid ter eliminado o Manchester United, Guardiola lançava João Cancelo e Bernardo Silva no onze inicial, com Sterling e Mahrez a completarem o ataque. Do outro lado, Simeone colocava João Félix e Griezmann enquanto elementos mais adiantados e deixava Suárez no banco, apostando em Koke, Marcos Llorente e Kondogbia no meio-campo.

Num jogo em que o Manchester City dominou quase sempre e teve pela frente uma muralha defensiva montada cautelosamente por Diego Simeone, os ingleses só conseguiram abrir o marcador já a 20 minutos do fim: Rodri desequilibrou na faixa central, Phil Foden fez um passe na profundidade e De Bruyne, muito eficaz, atirou para bater Oblak (70′).

O conjunto de Guardiola venceu pela margem mínima e leva uma vantagem curta para a segunda mão, na próxima semana e no Wanda Metropolitano, onde o Atl. Madrid terá de fazer muito mais a nível ofensivo para discutir sequer a passagem às meias-finais da Liga dos Campeões.