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Macron e Le Pen: uma reedição de 2017 com reforço eleitoral na primeira volta (e adversários com resultados muito diferentes)

Este artigo tem mais de 2 anos

Macron e Le Pen conseguiram uma subida face às últimas presidenciais francesas. Outros candidatos também melhoraram resultados, mas há marcas negativas sem paralelo passado. Conheça os resultados.

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AFP via Getty Images

AFP via Getty Images

No final da primeira volta das eleições presidenciais de 2017 em França, Emmanuel Macron fechava a noite com 24,01% dos votos, contra os 21,3% de Marine Le Pen. Este domingo, Macron e Le Pen voltaram a liderar a primeira volta da corrida ao Eliseu. Mas com uma nota de relevo face ao embate de há cinco anos: é que saem ambos eleitoralmente reforçados deste primeiro ensaio, com resultados superiores à primeira campanha em que estiveram frente-a-frente.

Com os resultados oficiais fechados, Macron, presidente em funções, obteve este domingo 27,84% dos votos. É uma subida de quase quatro pontos face a 23 de abril de 2017. Curiosamente, é também um reforço semelhante ao que foi registado pela candidata da União Nacional: Le Pen obteve 23,15% dos votos, uma subida menor do que a registada por parte do adversário.

Macron e Le Pen São os mais votados da noite e, por isso, voltam a disputar a segunda volta das presidenciais francesas — sabendo de antemão que as sondagens para esse duelo final são menos favoráveis a Macron do que eram há cinco anos, ainda que continuem a sugerir que a reeleição está ao alcance do candidato do Em Marcha!

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Ali por perto, Jean-Luc Mélenchon seguiu a tendência e conquistou o terceiro lugar, com 21,95% — ou seja, registou um crescimento de dois pontos face a 2017 e fechou a noite uma posição acima da que tinha alcançado nesse sufrágio. Mas mesmo isso não foi suficiente para evitar ser afastado da segunda volta.

Depois, entre Mélenchon e o quarto classificado, o candidato da extrema-direita Éric Zemmour, há um fosso significativo em percentagem de votos. Zemmour foi a escolha de 7,07% dos eleitores franceses.

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Valérie Pécresse, a candidata do centro-direita (e sucessora de Fillon na corrida presidencial) deu aquilo a que se pode chamar um gigantesco trambolhão eleitoral — o pleonasmo é intencional. Pécresse é, de resto, responsável pelo pior resultado que os Republicanos obtiveram numas eleições para o Eliseu até à data, com 4,78% dos votos.

Rosto da candidatura ecologista destas eleições, Yannick Jadot conseguiu 4,63% dos votos.

E, depois, outra subida significativa entre 2017 e 2022: Jean Lassale, 66 anos, 1,9m de altura e 3,13% dos votos. Não significa mais que um sétimo lugar, mas ainda assim é um reforço para quase o triplo dos votos face aos 1,21% de há cinco anos.

Fabien Roussel, candidato pelo Partido Comunista Francês, ficou pelos 2,28% de votos, algumas décimas acima de Nicolas Dupont-Aignan, que se encontra do lado oposto do espectro partidário (na direita nacionalista e conservadora) e que obteve 2,06% dos votos (pouco expressivo e, além disso, menos de metade dos 4,7% de 2017).

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Chegamos aos três últimos lugares da tabela. E só aí encontramos o nome de Anne Hidalgo, a socialista que, em 2014, se tornou na primeira mulher a assumir o cargo de presidente da câmara de Paris e que em 2020 foi reconduzida. Hidalgo procurava voos maiores — mas não chegou a tirar os pés do chão. Obteve 1,75% dos votos, menos, muito menos que os 6,36% obtidos pelo Partido Socialista Francês nas últimas presidenciais.

Sobram Philippe Poutou e Nathalie Arthaud. O primeiro conseguiu apenas 0,77% dos votos (há cinco anos tinha conseguido um pouco melhor, 1,09%); a segunda, também ela repetente nestas andanças, não fez melhor e piorou a marca de 2017: somou agora 0,56% (contra os 0,64% anteriores).

Notícia atualizada às 13h00 de 11 de abril, com os resultados oficiais publicados pelo Ministério do Interior de França.

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