Não é propriamente a estatística mais vulgar mas também acontece nesta era global quando um árbitro chega às insígnias FIFA: Fábio Veríssimo, juiz da Associação de Futebol de Leiria internacional desde 2015, fazia em Alvalade o 27.º encontro da época num total de oito provas distintas entre Primeira Liga, Segunda Liga, Taça de Portugal, Taça da Liga, Liga Europa, Conference League, Liga Grega e Liga da Arábia Saudita e cumpria também o segundo dérbi da carreira, após ter estado na estreia de Rúben Amorim e Nelson Veríssimo em jogos grandes com o rival na derrota dos leões na Luz por 2-1 a fechar 2019/20.
Olhando para os números e para o que se passou nos 13 encontros na Primeira Liga com que chegava ao dérbi, Fábio Veríssimo, de 39 anos, chegava a Alvalade com vermelhos em mais de metade (sete, incluindo elementos da equipa técnica no banco) e uma média de seis amarelos por jogo. Agora, todos esses números pareceram tirados a fotocópia: seis cartões amarelos e uma expulsão num dos bancos, neste caso dos encarnados e do delegado ao jogo do Benfica, Rui Pedro Braz, no decorrer da segunda parte.
[Ouça aqui a análise do ex-árbitro Pedro Henriques no Sem Falta da Rádio Observador]
E os principais casos foram sobretudo na vertente disciplinar, da entrada de Sarabia sobre Vertonghen ao toque de Nuno Santos na cabeça de Gilberto, passando por uma confusão complicada de descortinar entre Vertonghen e Paulinho no início da segunda parte e alguns empurrões entre jogadores na parte final.
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Na zona das áreas, houve sobretudo três lances que foram discutidos: o golo anulado a Otamendi pelo árbitro assistente e confirmado pelo VAR por fora de jogo; um lance em que Palhinha caiu na área dos encarnados em cima do intervalo; e mais uma jogada em que Coates acabou também caído na área contrária já no decorrer da segunda parte. Nem o árbitro nem o VAR viram qualquer infração.