Mais de 8.400 pessoas foram alojadas temporariamente na província de KwaZulu-Natal, onde devastadoras cheias provocaram recentemente a morte a mais de 400 pessoas, anunciaram as autoridades sul-africanas, esta quinta-feira.
Conseguimos estabelecer 98 abrigos, onde estão alojadas mais de 8.400 pessoas, em salões comunitários, instalações religiosas, outras estruturas temporárias dentro da comunidade. A maioria das pessoas são mulheres, mais de 4.000, crianças, mais de 1.700, e também mais de 1.000 idosos”, referiu o ministro da Saúde Joe Phaahla.
Segundo o balanço das operações de assistência em curso comunicado pelo governante sul-africano à imprensa local, juntamente com os responsáveis das pastas ministeriais do Ensino Básico e do Desenvolvimento Social, “mais de 3.000 vítimas do desastre natural receberam até à data um subsídio social de socorro, no montante global de cerca de 5 milhões de rands [297 mil euros]”.
“Serviços de aconselhamento e alimentação, assim como outros requisitos básicos, como colchões e cobertores, foram também distribuídos”, frisou.
O governante referiu que “os assistentes sociais já alcançaram mais de 16.000 pessoas nesse sentido”.
Phaahla estimou em 185 milhões de rands (10,9 milhões de euros) a reconstrução das infraestruturas de Saúde pública danificadas pelas cheias em KwaZulu-Natal, na costa oriental da África do Sul.
“Os cuidados de saúde continuam a ser prestados às comunidades deslocadas que estão atualmente abrigadas em salões comunitários”, salientou o ministro da Saúde sul-africano, acrescentando que “algumas instalações têm água parcialmente restaurada, mas outras continuam a ser abastecidas por camiões-cisterna”.
Por seu lado, a ministra do Ensino Básico, Angie Motshekga, adiantou que as inundações danificaram mais de 630 escolas — 101 foram consideradas inacessíveis e 124 sofreram grandes danos –, em que pelo menos 64 alunos morreram, e cinco crianças permanecem desaparecidas.
Ao declarar o estado de calamidade nacional, o Presidente da República anunciou a disponibilização imediata de mil milhões de rands (62 milhões de euros) para assistir as vítimas das cheias.
Segundo as autoridades consulares portuguesas, estima-se em cerca de 30.000 os portugueses a residirem em KZN, na sua maioria na cidade portuária de Durban (atual eThekwini), onde se concentra a maior parte das vítimas das recentes cheias.