Tiveram momentos melhores, fases piores, resultados menos conseguidos, deslizes surpreendentes mas, no final, faziam imperar a lei do mais forte: depois da vitória da Oliveirense frente ao Óquei de Barcelos, que permitiu ao conjunto de Oliveira de Azeméis subir ao quarto lugar do Campeonato, e do triunfo caseiro no Dragão do FC Porto com o Sp. Tomar (7-3), que adiantava as contas da primeira posição, o quarto dérbi da temporada entre Sporting e Benfica teria esse motivo extra de definir (ou encaminhar essa definição) do segundo lugar da fase regular, com a possível vantagem no fator casa nas meias-finais do playoff.

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“Um dérbi é sempre um dérbi, um jogo muito especial, de grandes emoções. Vamos atrás de conquistar mais três pontos e de nos consolidarmos enquanto equipa, que é isso que temos vindo a fazer nos últimos tempos. O Benfica é uma equipa muito forte, com várias soluções, que provoca muitos desequilíbrios no 1×1 e que nos obriga a defender e a sofrer em alguns momentos do jogo pela profundidade que mete e pelos rematadores que tem. Os pormenores podem fazer a diferença e estamos alertados e preparados para isso, assim como para os momentos e para os locais da pista onde podemos colocar mais dificuldades ao nosso adversário”, comentara Paulo Freitas, técnico dos leões, numa espécie de receita para o jogo.

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“É um jogo de dificuldade extrema. Jogamos em casa de um candidato ao título, que tem as mesmas aspirações que nós. Sabemos o que temos de fazer para trazer de lá os três pontos, que é o nosso objetivo. É preciso ter equilíbrio emocional, sempre. Estes jogos são muitas vezes decididos nos pormenores. Estar focado, concentrado na tarefa e estar atento é o principal. Confiamos no que estamos a fazer aqui para irmos fora e obtermos o resultado que queremos”, garantira Poka, internacional dos encarnados que chegou à Luz via FC Porto após ter estado nos anos iniciais do regresso do hóquei verde e branco à elite.

Depois de uma vitória do Sporting no encontro para definir o quinto e sexto lugares da Elite Cup (5-3) e de dois triunfos do Benfica na primeira volta do Campeonato (4-3) e na Taça de Portugal (4-1), os leões foram superiores no primeiro dérbi jogado esta época o Pavilhão João Rocha por 4-2 e carimbaram o segundo lugar na fase regular, necessitando de uma vitória frente ao Juventude Viana e uma derrota fora do FC Porto com a Sanjoanense para ficar ainda na frente. Já os encarnados mantêm a terceira posição com os mesmos pontos da Oliveirense, recebendo o Parede na Pavilhão da Luz na última ronda.

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O encontro começou a um bom ritmo, com várias oportunidades junto das balizas de Pedro Henriques e de Ângelo Girão e com o Sporting a inaugurar cedo o marcador, com Platero a desviar bem ao segundo poste para o 1-0 numa boa jogada ofensiva (5′). A partida entrou depois numa fase de parada e resposta sem que nenhuma das equipas conseguisse serenar o ritmo e foi nesse contexto que surgiu o cartão azul a Pablo Álvarez que permitiu a Ferran Font aumentar para 2-0 de livre direto (9′). O resultado iria manter-se até ao intervalo num dérbi com muitas faltas (9-7 na primeira parte) mas com os encarnados a terem boas chances para reduzirem a desvantagem com bolas nos postes de Gonçalo Pinto e Pol Manrubia.

O Benfica procurava entrar de novo no jogo e não demoraram depois do reatamento a fazerem o 2-1 por Nicolia, num livre direto após cartão azul a Gonzalo Romero (27′). As bolas paradas assumiam de novo maior importância pelo equilíbrio no dérbi mas Ferran Font não conseguiu voltar a marcar dessa forma após a décima falta dos encarnados (32′) e Nicolia não desperdiçou, bisando de livre direto a meio do segundo tempo (38′) para um final emotivo que teve logo no recomeço de jogo um cartão azul a Lucas Órdoñez, um livre direto falhado por Romero, o 3-2 em power play por Font e uma bola no poste de Romero (39′). João Souto, após assistência de Platero numa transição, fechou as contas (49′).