As estações de metro são locais movimentados onde diariamente turistas e trabalhadores, focados nos seus próprios pensamentos, se cruzam. Agitação à parte, de Moscovo a Estocolmo, há paragens que são maravilhas arquitetónicas debaixo da terra, seja pelas cores ou pela exuberância da construção, segundo a escolha do ABC divulgada este sábado.
O jornal espanhol classificou a estação das Olaias, paragem da linha vermelha do metropolitano de Lisboa, como uma das mais bonitas do mundo, graças às figuras geométricas que criam um arco-íris de luminosidade. Inaugurada em 1998, tem a assinatura do arquitecto Tomás Taveira, autor do complexo das Amoreiras, na mesma cidade.
Viajando da capital portuguesa até à capital francesa, a estação Arts et Métiers assemelha-se a um submarino.E já que o tema é o mar, quem passa pela estação de Toledo, em Nápoles (Itália) — projetada pelo arquiteto espanhol Oscar Tusquets Blanca e o designer norte-americano William Kentridge — parece estar nas profundezas do oceano graças aos múltiplos mosaicos. Foi inaugurada em 2012 e está a 50 metros de profundidade.
Igualmente com motivos marinhos, surge no rol do jornal espanhol a estação BurJuman, do Dubai, país conhecido pela extravagância e pelo luxo. Nela, destaca-se os adornos que representam medusas.
Completamente diferente, com tons brancos e azuis a preencher as paredes, alguns a retratar trepadeiras, a estação T-Centralen é uma atração do subterrâneo de Estocolmo (Suécia). Quem a idealizou foi o arquiteto sueco Peter Celsing, em 1957.
Já a estação Formosa Boulevard, em Taiwan, é popularmente intitulada como “a Catedral da Luz” devido, entre outros motivos, aos 4.500 painéis de vidro pintados à mão, da autoria do artista italiano Narciso Quagliata. O jornal espanhol informa que Quagliata pretendia “criar uma peça que prestasse homenagem tanto ao cosmos como às suas experiências na referida cidade”.
Numa outra paleta de cores, surge a estação de metro Komsomolskaya, em Moscovo, que tem um teto em “estilo barroco” pintado em amarelo claro e com molduras florais. Projetada pelo arquiteto russo Aleksey Shchusev, abriu as portas em 1952 e preserva ainda elementos da arquitetura estalinista. Os oito mosaicos que lá estão, especifica o ABC, foram criados pelo pintor Pavel D.Korin e cada um simboliza um herói nacional.