A véspera do dia em que a Rússia celebra a vitória na Segunda Guerra Mundial foi marcada por bombardeamentos “violentos” em Donbass e Kharkiv, assim como em Odessa, num edifício residencial, e em Sumy, denunciou Volodymyr Zelensky, na mensagem diária em vídeo. “Como se hoje [domingo] não fosse 8 de maio [o dia em que o ocidente europeu celebra o fim da guerra]. Como se amanhã [segunda-feira] não fosse 9 de maio, quando a paz deveria ser a palavra de ordem, para todas as pessoas normais”.
Zelensky diz mesmo que o “exército russo não seria o mesmo se não matasse hoje — na véspera de dias certamente importantes para qualquer europeu”. Ainda assim, argumenta que a Ucrânia está unida com o “mundo livre”, um “contraste óbvio com a solidão no mal e no ódio de Moscovo que todos irão ver amanhã”, no Dia da Vitória.
Sobre os bombardeamentos em várias cidades durante este domingo, atira: “A Rússia esqueceu tudo o que era importante para os vitoriosos na II Guerra Mundial. Mas a Ucrânia e todo o mundo livre vão recordá-la.”
Zelensky confirmou ainda que cerca de 60 pessoas morreram num ataque aéreo a uma escola em Bilohorivka, em Lugansk, o que apelida como um “outro crime dos ocupantes”.
O Presidente da Ucrânia falou ainda sobre a visita do primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, que prometeu reforçar a ajuda ao país, nomeadamente no que ao processo de desminagem diz respeito — a Rússia “deixou milhares de minas”, adianta Zelensky. Por isso, lembra que é uma “tarefa urgente” ensinar crianças a reconhecerem objetos explosivos. Aliás, este domingo, condecorou um cão que tem sido usado pelo exército ucraniano na desminagem do país e em ações de formação sobre explosivos junto de crianças.