Cinta Vidal, o duo Reskate e os portugueses Ruído e Francis.co são os artistas que participam na edição deste ano do festival WOOL – Covilhã Arte Urbana, anunciou esta quarta-feira a organização.

WOOL, o mais antigo festival de arte urbana de Portugal, regressa à cidade da Covilhã, no distrito de Castelo Branco, para mais uma edição a decorrer no mês de junho.

“Depois de celebrar uma década de existência no ano de 2021, o evento volta a trazer o melhor da arte urbana nacional e internacional a esta cidade da Beira Baixa [Covilhã], entre 11 e 19 de junho”, refere a organização, em comunicado enviado à agência Lusa.

Cinta Vidal, o duo Reskate e os portugueses Ruído e Francis.co compõem o grupo de artistas que irá atuar em pleno centro histórico da cidade da Covilhã.

O WOOL 2022 volta a convocar “alguns dos mais reconhecidos talentos da arte urbana nacional e internacional”, entre os quais se destaca a espanhola Cinta Vidal, uma das mais talentosas e reconhecidas artistas internacionais da atualidade”, que marca atualmente presença em inúmeros países do mundo.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A presença no festival desta artista era ambicionada há muito pela organização.

A par de CintaVidal, os Reskate, uma dupla de artistas visuais de Barcelona, cujo trabalho é fortemente influenciado pela pintura clássica de letreiros, pela cultura popular e pelo design gráfico, vão também marcar presença nesta cidade da Beira Baixa.

De entre os talentos nacionais, o festival recebe os Ruído, projeto criativo que junta os artistas Draw e Contra, cujo trabalho se materializa num diálogo simbiótico entre o universo monocromático, figurativo e profundamente humano de Draw, e a abordagem colorida, abstrata, geométrica e textural de Contra.

O evento recebe ainda Francis. co, que se retrata como ilustrador compulsivo e que vai atuar na zona da antiga Judiaria da cidade da Covilhã.

No que diz respeito à restante programação desta 9.ª edição do WOOL, a organização destaca ainda a apresentação do resultado da residência artística de desenho realizada na edição anterior, por Nuno Sarmento.

“Ao desafio de desenhar os 10 anos de WOOL (que se cumpriram em 2021), a resposta foi um rolo de desenho contínuo de 26 metros de comprimento, que se iniciou tirando partido dos inúmeros registos que existem desde a fundação do festival e foi concluído somente ‘on site’, durante a edição 2021. Este rolo, que é também um retrato da Covilhã, será apresentado no New Hand Lab”, lê-se na nota.

Segundo a organização, para memória futura e acessível a todos, “será colocada uma réplica aumentada na Ponte Pedonal sobre a Ribeira da Carpinteira”.

O artista visual e ilustrador Mantraste foi igualmente convidado a orientar uma ação comunitária, que terá como missão criar e “atualizar” a mítica tapeçaria em exposição na Galeria António Lopes – “Covilhã: cidade fábrica, cidade granja”.

O artista irá igualmente desenvolver um ‘workshop’ de ilustração em plasticina.

Já em tom de fecho do WOOL 2022, o músico e produtor Fred irá apresentar ao vivo, no Miradouro das Portas do Sol, o seu mais recente trabalho “Series Vol.1 — Madlib”, uma espécie de tributo à obra do músico e produtor reconhecido internacionalmente.

Como já é usual, o WOOL 2022 conta ainda com as visitas guiadas (a pé e em tuk tuk eléctrico) orientadas por membro fundador do festival.

A programação inclui outras ações que a organização irá apresentar brevemente.

Criado em 2011, fruto da iniciativa de Lara Seixo Rodrigues, Pedro Seixo Rodrigues e Elisabet Carceller, com o objetivo de prestar tributo à história da cidade e de despertar o interesse da comunidade para a arte contemporânea, este festival conta já com 43 iniciativas, 122 intervenções artísticas (murais e instalações) e integrou 46 artistas portugueses e 23 artistas estrangeiros.