Os porcos são animais complexos, sociais, inteligentes e emocionais. Os seus cérebros são semelhantes o suficiente aos dos humanos para serem úteis para investigações neurocentíficas. Sentem dor e têm instinto maternal. São motivados pela comida, reagem de forma diferente aos vários tipos de música e ficam mais otimistas depois de se divertirem com brinquedos.

Os porcos não suam e também não são animais sujos. Chafurdam para se refrescarem quanto está calor e se a água não estiver disponível tomam banho na própria urina, mas quando conseguem são meticulosamente higiénicos.

Estas são algumas das descobertas que os cientistas fizeram ao longo dos últimos anos. Um estudo publicado em março descobriu que o roncar dos porcos muda consoante o seu contexto emocional. Se estão felizes é mais profundo, mas se estiverem stressados é mais agudo. “Os porcos estão definitivamente em voga cientificamente”, garante Alistair Lawrence, professor de comportamento e bem-estar animal no Rural College da Escócia.

Também em Budapeste, na Universidade Eötvös Loránd, os investigadores perceberam que os porcos são diferentes dos cães, mas igualmente inteligentes. O jornal Financial Times explica que quando confrontados com um problema de difícil solução, os cães procuram ajuda do ser humano para se conseguirem orientar, mas os porcos continuam a tentar resolvê-lo sozinhos.

Outro exemplo que mostra que os cães são mais dependentes dos humanos é que quando são colocados numa sala desconhecida com um estranho presente aproximam-se dos seus donos, enquanto que os porcos não o fazem. Os investigadores acreditam que algumas destas diferenças podem ser explicadas pela forma como os porcos são domesticados há menos anos do que os cães.

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