O INE confirmou que a economia portuguesa cresceu 2,6% no primeiro trimestre, em linha com a estimativa que tinha já sido avançada no final de abril. Esse é o crescimento em relação ao trimestre anterior, em que Portugal se destacou pela positiva no contexto europeu – já o crescimento homólogo foi de 11,9%, muito influenciado pelo facto de comparar com o primeiro trimestre de 2021 e o forte confinamento pandémico de então.
O crescimento em cadeia, de 2,6%, corresponde a uma aceleração em relação ao ritmo de crescimento trimestral de 1,7% do trimestre anterior (quarto trimestre de 2021 em comparação com terceiro).
“A aceleração em cadeia do PIB foi determinada pelo contributo mais positivo da procura interna, refletindo a aceleração do consumo privado, devido sobretudo ao crescimento da despesa em diversas atividades de serviços, após o levantamento da generalidade das restrições à atividade económica impostas no contexto da pandemia Covid- 19″, diz o INE, acrescentando que “o contributo da procura externa líquida manteve-se ligeiramente positivo“.
Porém, foi mesmo o consumo das famílias que deu o maior impulso. Esta rubrica cresceu 12,6% em relação ao período homólogo, em que compara com o primeiro trimestre de 2021. Porém, mesmo na comparação com o trimestre anterior houve um aumento de 5,4%.
“Face ao quarto trimestre, o consumo privado aumentou 2,1% (variação em cadeia de 1,1% no trimestre anterior), verificando-se um crescimento de 6,4% nas despesas em bens duradouros e de 1,7% nas despesas em bens não duradouros e serviços”, diz o INE. Bens duradouros são produtos cuja vida estimada é superior a dois anos, como um automóvel ou um eletrodoméstico.
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