A Land Rover ampliou o Defender. Partindo da versão 110, o todo-o-terreno britânico cresceu nada menos do que 34 centímetros, aumento esse que foi conseguido na secção traseira, de modo a ser possível uma configuração 2+3+3, com a marca a assegurar que a terceira fila de bancos disponibiliza espaço suficiente para que três adultos se sentem sem problemas. Ora, não há nada semelhante no mercado (habitualmente, sete lugares são o máximo) e, muito menos, com uma clara vocação para o offroad. Esta singular combinação permite à Land Rover ser a única marca a propor um modelo “ideal para as expedições todo-o-terreno em família com conforto total para até oito passageiros”, o qual é comercializado em Portugal por valores a partir de 132.100€.

Além do comprimento, o que diferencia este Defender 130 da versão 110 é, essencialmente, o número de lugares oferecidos (oito versus sete), mas ambos podem ser encomendados com cinco lugares. De acordo com a Land Rover, o acesso à terceira fila de bancos faz-se com facilidade, rebatendo as costas dos bancos da segunda fila e fazendo-os deslizar para a frente. Quer a segunda quer a terceira fila de assentos estão mais elevadas do que a primeira, o que favorecerá a visibilidade. Regra geral, à medida que se “caminha” para trás, as comodidades colocadas ao dispor dos passageiros tendem a ser mais exíguas, mas não é esse o caso. Bancos aquecidos, apoios de braços acolchoados e fichas USB-C tornam as viagens atrás mais confortáveis, com um segundo tejadilho panorâmico a garantir uma maior luminosidade a bordo.

Com a terceira fila de bancos montada, o Defender de oito lugares acomoda até 389 litros na bagageira, cujo acesso é simplificado graças à suspensão pneumática, que baixa automaticamente se o utilizador pressionar os botões que existem para esse efeito no compartimento de carga. Como a terceira fila rebate (40:20:40), a volumetria da mala sobe para 1232 litros (1329 litros no 130 de cinco lugares). E quando a segunda e a terceira filas são sacrificadas para ampliar a bagageira, a capacidade desta sobe para 2291 litros no Defender 130 de oito lugares ou 2516 litros na configuração de cinco.

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Há novas cores para o exterior, o qual se pode diferenciar com o extra “Extended Bright Pack”, em que os painéis inferiores da carroçaria recebem um acabamento específico. Nota ainda para o redesenho do contorno dos farolins, para manter a identidade luminosa do jipe, modificação esta que se deve ao facto de a traseira ter sido elevada para garantir um ângulo de saída de 28,5º. Ainda assim, nada que se compare com os 40º do Defender 110, mas a capacidade de passagem a vau mantém-se nos 90 cm, tal como a distância ao solo (290 mm) e os ângulos de entrada (37,5º) e ventral (27,8º).

No interior também há novas opções, em termos de materiais e acabamentos. Quanto ao equipamento proposto de série, o destaque vai para o sistema de purificação do ar do habitáculo e para o ecrã táctil de 11,4 polegadas em vidro curvo, actualizável over-the-air e que integra a plataforma what3words, ou seja, bastam três palavras para navegar com precisão até qualquer quadrado de 3 m2, mesmo nos locais mais remotos e sem cobertura de rede.

Mas se com a versão 130 o Defender cresceu, o mesmo não acontece com a oferta de motorizações, que encolheu. Os clientes podem apenas escolher entre um motor diesel ou gasolina, ambos de seis cilindros em linha, com 3,0 litros e mild hybrid, ou seja, apoiados por uma ligeira electrificação. Em concreto, um sistema de motor de arranque/gerador accionado por correia de 48V, que usa a energia recuperada nas travagens e desacelerações para tornar o Stop-Start mais rápido e eficiente.

A alternativa a gasóleo é o D250 que, como a designação indica, possui 250 cv e um binário de 600 Nm entre as 1250 e as 2250 rpm, indo de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos. No nível de equipamento SE, o mais baixo, está disponível por valores a partir de 133.725€. A gasolina, a opção recai no P400, que é mais potente (400 cv) mas tem menos torque (550 Nm), cumprindo o sprint de 0 a 100 km/h em 6,6 segundos. O preço é ligeiramente inferior: desde 132.100€. Ambos estão acoplados a uma caixa automática ZF de oito velocidades e possuem tracção integral (iAWD), dita “inteligente” por distribuir a potência pelos eixos consoante as solicitações, o que maximiza a eficácia no fora de estrada. O Terrain Response e a suspensão pneumática adaptativa também são de série, com o Defender 130 a anunciar uma capacidade de reboque de 3 toneladas.