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Mapa da guerra. O que se sabe sobre o 106.º dia do conflito

Este artigo tem mais de 1 ano

Severodonetsk, novo epicentro da guerra na Ucrânia, está quase totalmente controlada pela Rússia. Zelensky diz que futuro do Donbass depende dela. Novos ataques em Sumy.

A Rússia está a intensificar os ataques no leste e no sul da Ucrânia
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A Rússia está a intensificar os ataques no leste e no sul da Ucrânia

SOPA Images/LightRocket via Gett

A Rússia está a intensificar os ataques no leste e no sul da Ucrânia

SOPA Images/LightRocket via Gett

A Ucrânia chega ao 106.º dia de guerra com a cidade de Severodonetsk, no Donbass (leste da Ucrânia) controlada “em grande parte” por Moscovo. É aqui que se tem concentrado nos últimos dias grande parte das batalhas diretas entre as forças russas e as ucranianas. O próprio Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, admitiu que o futuro da região vai ser determinado pelo destino de Severodonetsk.

Em Kharkiv, que nos últimos dias parecia ter assistido a um recuo russo, pelo menos duas pessoas morreram e quatro ficaram feridas nas últimas 24 horas na sequência de incêndios provocados por ataques aéreos na região de Novobavarskyi. Dos 27 focos de incêndio contabilizados até à meia-noite de quinta-feira, 16 foram diretamente provocados por novos bombardeamentos. À noite, o presidente Zelensky as forças ucranianas estão a  reconquistar território.

Segundo o Instituto da Guerra, a Rússia está a intensificar os ataques no leste e no sul da Ucrânia. Além do Donbass, também Zaporíjia e Kherson são as regiões (oblasts) que mais têm protagonizado batalhas entre russos e ucranianos nas últimas horas.

Em relação a Kiev, o ministro do Interior, Denys Monastyrsky disse: “Não há perigo de um ataque a Kiev hoje”. O exército da Ucrânia mantém-se unido na defesa da capital mas, por agora, o governo acredita que não há indicações que a cidade corra perigo de ser atacada pelos russos.

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Esta quinta-feira, dois britânicos e um marroquino foram condenados à morte em Donetsk, território controlado pelos russos, acusados de terrorismo e tomada de poder. Foram julgados na condição de “mercenários”.

Britânicos capturados pelos russos condenados à morte em Donetsk

Saiba com mais detalhes o que aconteceu durante as últimas horas neste artigo ou no nosso liveblog, aqui.

O que se passou durante as últimas horas desta quinta-feira?

  • Dois britânicos e um marroquino foram condenados à morte em Donetsk, território controlado pelos russos, acusados de terrorismo e tomada de poder. Foram julgados na condição de “mercenários”.
  • O governo britânico reagiu à condenação à morte dos dois soldados britânicos revelando-se “extremamente preocupado”. A ministra dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, reagiu através das redes sociais e considerou que os homens “são prisioneiros de guerra” e que “este é um julgamento simulado, sem qualquer legitimidade”.
  • O Presidente da Ucrânia disse, esta quinta-feira, não haver alterações significativas na linha da frente de combate nas cidades de Severodonetsk, Lysychansk, assim como outras na região de Donbas. Saudou o regresso das televisões à emissão em Kharkiv, e afirmou que ali as forças ucranianas estão a  reconquistar território.
  • Volodymyr Zelensky falou ao telefone com o homólogo francês, Emmanuel Macron, e discutiram hoje a ajuda militar da França à Ucrânia, incluindo a entrega de “armas pesadas”, e a candidatura de Kiev à União Europeia (UE).
  • “Não há perigo de um ataque a Kiev hoje”, disse hoje o ministro do Interior, Denys Monastyrsky. O exército da Ucrânia mantém-se unido na defesa da capital mas, por agora, o governo acredita que não há indicações que a cidade corra perigo de ser atacada pelos russos.
  • A organização United For Ukraine (U4U), que reúne políticos de mais de 30 países incluindo Portugal, defendeu hoje, em Kiev, a aceleração da candidatura da Ucrânia à União Europeia e de um “futuro Plano Marshall” para o país invadido pela Rússia.
  • Comissão Europeia tem marcado para a próxima semana o início dos trabalhos de avaliação da adesão de Ucrânia, Geórgia e Moldávia à União Europeia, avançou a agência noticiosa espanhola Europa Press. Comissão espera ter um parecer sobre o tema no dia 17 de junho.
  • O Presidente russo, Vladimir Putin, comparou a sua política à do czar Pedro, o Grande, quando este combateu a Suécia, invadindo uma parte do seu território, bem como a Finlândia, uma parte da Estónia e da Letónia.
  • O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinou hoje um decreto que impõe novas sanções contra o homólogo russo, Vladimir Putin, e alguns dos seus maiores aliados – o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, o ministro da Defesa Sergei Shoigu, e o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov.
  • O governo finlandês estará a ponderar alterar a sua legislação para que seja possível construir barreiras na fronteira com a Rússia, de acordo com a informação avançada pela Reuters.
  • O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou esta quinta-feira, de acordo com a AFP, que a cedência ucraniana “seria um erro e abriria a porta para mais conflitos, mas instabilidade e mais incerteza no mundo”.

O que aconteceu na manhã?

  • O Presidente da Ucrânia pediu que fossem aplicadas sanções mais pesadas à Rússia para forçar o país a negociar o fim da guerra. O país “ainda sente o seu poder”, disse o chefe de Estado, por isso “precisamos de desligar a Rússia completamente do sistema financeiro global”.
  • A Ucrânia acusa a Rússia de roubar 600 mil toneladas de cereais, que, volta a dizer, terão sido transportados para o Médio Oriente. Denys Marchuk, vice-presidente do Conselho ucraniano Agrário, acusa a Rússia de ter roubado esta produção das regiões ocupadas. E diz que os cereais terão sido transportados de Sevastopol na Crimeia para o Médio Oriente.
  • As forças russas estão a aumentar o uso de manobras psicológicas e de desinformação na tentativa de prejudicar o moral dos soldados ucranianos, afirma o Instituto de Guerra. A Direção-Geral dos Serviços Secretos Ucraniana disse que a Rússia está a enviar mensagens para os telemóveis de soldados ucranianos a incentivar à traição e ameaçar soldados.
  • O Presidente da Ucrânia avisou que os bloqueios aos portos ucranianos no Mar Negro por parte das forças russas estão a colocar o mundo “à beira de uma terrível crise alimentar” que pode condenar milhões de pessoas a morrer de fome. Zelensky sugeriu ainda que as dificuldades atravessadas pelos vários países do mundo nos primeiros tempos da pandemia se estão a repetir com a guerra; e que é necessária uma “vacina contra o Covid-22 trazida pela Rússia”.
  • O ex-secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, considera que a aliança militar tem o dever de ajudar a Ucrânia, acusando Putin de só entender a “linguagem da força e da unidade”. Por isso, “devemos continuar a colocar pressão máxima na Rússia através da entrega de todo o tipo de armamento e através do corte de qualquer tipo de financiamento à Rússia”.
  • A cidade de Severodonetsk, que nas últimas semanas e dias tem sido palco de violentos confrontos entre os militares ucranianos e russos pode ser “libertada [do domínio russo] em poucos dias”, segundo o governador de Luhansk, Serhiy Haidai. O gabinete do governador diz que os militares no terreno esperam a chegada do armamento. “Estamos à espera das armas ocidentais de longo alcance. Depois de as recebermos Severodonetsk será libertada em poucos dias”.
  • A ex-mulher de um dos aliados de Putin viu o apartamento de Londres, avaliado em 8,73 milhões de libras, arrestado depois de ter falhado o pagamento do empréstimo. O oligarca Arkady Rotenberg, de 69 anos, que foi colega de judo de Putin, foi um dos alvos das sanções do Reino Unido.
  • “Caravana de morte sem fim”, é assim que o assessor do presidente da Câmara de Mariupol, Petro Andryushchenko, descreve no Telegram o cenário de retirada de corpos dos escombros da cidade. Andryushchenko tem atualizado diariamente a situação na cidade que esteve sob domínio russo, na qual se estima que possam ter morrido mais de 21 mil civis ucranianos.
  • As forças pró-russas da autoproclamada república popular de Donetsk na Ucrânia, reconhecida pelo Kremlin, anunciaram o início da batalha por Sloviansk, que juntamente com Kramatorsk, serão os principais objetivos russos no Donbass.
  • O Kremlin já revelou que não foi possível alcançar qualquer acordo com a Turquia sobre a exportação dos cereais da Ucrânia. O porta-voz de Putin, Peskov, diz que os trabalhos de embarque de cereais urcanianos continuam no Mar Negro, mas que não foi possível alcançar qualquer acordo.

O que aconteceu durante a madrugada?

  • A embaixadora dos Estados Unidos na Ucrânia, Bridget Brink, revelou que os norte-americanos enviaram mil milhões de dólares aos ucranianos e que mais 7,5 mil milhões “estão a caminho” sob a forma de subsídios. São valores que se enquadram dos 40 mil milhões de dólares que Joe Biden prometeu enviar para a Ucrânia para ajudar a defesa ucraniana na invasão pela Rússia.
  • Um ataque aéreo no oblast (região) de Sumy destruiu um edifício do Serviço de Guarda Fronteiriça do Estado da Ucrânia. Uma pessoa ficou ferida, de acordo com as informações avançadas pelo governador Dmytro Zhyvytsky.
  • O Reino Unido vai apertar as restrições à aplicação de sanções, avançou o The Wall Street Journal. A partir de 15 de junho, bastará que alguém viole as sanções económicas impostas pelo Reino Unido para o Departamento de Implementação de Sanções Financeiras aplicar um castigo — não é preciso que as autoridades provem de que essas pessoas estavam cientes de que estavam a violar as regras.
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