Em março de 2021, era conhecido que o inquérito de Buckingham às alegações de que a duquesa de Sussex intimidava a equipa com quem chegou a trabalhar seria entregue a investigadores externos independentes, não sendo assim conduzido de forma interna pelo palácio, como inicialmente anunciado. “Os piores incidentes ainda não foram divulgados. Há algumas histórias desconcertantes a contar”, comentava então ao The Sunday Times uma fonte real, num claro sinal de que a poeira estaria ainda muito longe de assentar, num altura de especial tensão entre o casal Sussex e o resto do clã.

Esclarece agora o mesmo jornal, mais de um ano depois, que a investigação sobre alegações de que Meghan Markle intimidava membros da sua equipa levou o palácio de Buckingham a “melhorar as políticas e procedimentos” no seu departamento de Recursos Humanos, segundo conta fonte próxima do caso, mas as conclusões deste inquérito pago a título particular pela rainha, nunca serão publicadas.

Segundo o Sunday Times, o inquérito só foi concluído recentemente, e aqueles que participaram não foram informados de seu desfecho, “o que causou transtornos”. É entendido que os resultados serão mantidos em segredo “para proteger a privacidade daqueles que participaram e limitar as tensões entre os Sussex e o palácio”. De resto, o núcleo duro real terá insistido que o inquérito lançado em março do ano passado “não deveria ser atirado para o público” para garantir que aqueles que participaram se sentissem “confortáveis”. No entanto, o mesmo meio garante que os participantes estão profundamente dececionados com o relato de que o relatório está a ser “enterrado”.

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A publicação recorda ainda que as eventuais mudanças introduzidas na política de Recursos Humanos, como resultado da investigação, deveriam ser publicadas no final deste mês no relatório anual do fundo soberano, que detalha o uso do pagamento feito pelo governo à rainha para financiar os deveres oficiais da família real, e que inclui o staff real. Mas as informações mais recentes apontam num outro sentido: Buckingham não planeia fazer qualquer declaração pública sobre o inquérito, “ou mesmo reconhecer publicamente as mudanças subsequentes em suas políticas de RH.”

Foi “quase impossível sobreviver” na família real. Divulgados teasers da entrevista de Meghan e Harry

Foi a poucos dias da entrevista dos Sussex a Oprah que as acusações foram conhecidas. O The Times fazia eco das queixas de antigos assistentes, revelando ainda como Markle enfrentou uma acusação de bullying feita por um dos seus conselheiros mais próximos, durante a sua passagem por Kensington. De acordo com o jornal, a queixa remonta a outubro de 2018, antes do afastamento dos Sussex, e foi feita por Jason Knauf, que à época controlava a pasta da comunicação dos duques, e que entretanto passou a colaborar com o casal Cambridge.

A mulher de Harry rejeitou então a “campanha de difamação calculada” e acusou o palácio de “perpetuar falsidades”, naquela que foi mais um teaser que antecipava o famigerado encontro com Winfrey.