A britânica EasyJet vai cancelar milhares de voos programados para os meses de verão, avançou Johan Lundgren, diretor-executivo da companhia aérea. A maioria das viagens será eliminada nos aeroportos de Londres Gatwick e de Amesterdão, mas a EasyJet avisa que outros aeroportos também serão afetados — embora não indique quais.
Segundo o The Telegraph, 4.000 voos foram e ainda serão cancelados desde abril e até ao fim deste trimestre. Nos próximos três meses, de julho a setembro, serão 8.000 as viagens canceladas pela EasyJet por causa da iniciativa da companhia aérea para “consolidar proativamente” os planos de voos.
A decisão surge depois de o Departamento de Transportes e Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido ter pedido às companhias aéreas para adaptarem os seus horários e planos de viagem à falta de recursos humanos nos aeroportos e, por outro lado, ao aumento da procura por viagens, agora que as restrições impostas pelas medidas contra a Covid-19 terem sido levantadas.
Em Londres Gatwick, a capacidade para acolher viagens ao longo dos próximos três meses foi reduzida após dezenas de voos terem sido cancelados à última hora por falta de funcionários para garantirem resposta ao aumento da procura. Em Amesterdão, os passageiros enfrentam filas com horas de espera e cancelamentos pelos mesmos motivos. Ambos os aeroportos são duas das maiores bases da EasyJet na Europa, explica o The Guardian.
Johan Lundgren garantiu que a empresa está a tomar “ações preventivas para aumentar a resiliência durante o verão, incluindo uma série de consolidações de voos nos aeroportos afetados”. A EasyJet diz estar a avisar antecipadamente os clientes para os cancelamentos e afirma que a grande maioria dos voos seja remarcada em rotas alternativas num período de 24 horas.
De acordo com os dados avançados pela operadora aérea, a EasyJet passará a voar a apenas 87% da sua capacidade de voo pré-pandémica no trimestre entre abril e junho; e a 90% dessa capacidade entre julho e setembro. Em maio, a perspetiva era que a companhia aérea pudesse voar a 90% de sua capacidade de voo pré-pandemia no trimestre que terminava a 30 de junho; e a 97% no período de julho a setembro.