A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, denunciou esta quinta-feira um massacre numa cidade do norte da Etiópia, onde vive o grupo étnico amhara, e na qual se diz terem morrido centenas de pessoas.
Segundo informações recebidas pelo seu gabinete, homens armados chegaram em 18 de junho à aldeia de Tole (oeste do país) e começaram a disparar indiscriminadamente contra o povo, causando “centenas de mortes, principalmente mulheres e crianças”, e forçando cerca de 2.000 pessoas a abandonar as suas casas e a fugir.
O assalto terá durado cerca de quatro horas, período durante o qual os atacantes também atearam fogo a várias casas.
Além disso, um número desconhecido de pessoas foi alegadamente raptado.
Este evento faz parte de uma série de episódios de violência que ocorreram nas últimas semanas na Etiópia, onde o conflito armado continua na região de Tigray (norte do país), opondo os rebeldes da Frente Popular de Libertação do Tigray (TPLF) contra o governo federal, desde 2020.
Testemunhas denunciam mais de 200 mortos em ataque étnico na Etiópia
Bachelet apelou ao Governo etíope para que garanta que o massacre de Tole será investigado, será feita justiça para as vítimas e as suas famílias e os responsáveis punidos.