A Ford tem uma certa experiência em conceber versões musculadas das suas Transit, não para comercialização, mas sim para fins meramente promocionais. Esta prática de construir superfurgões arrancou em 1971, quando a marca norte-americana instalou a mecânica que tinha acabado de vencer as 24 Horas de Le Mans. Mas agora o seu 4º superfurgão exibe uma versão ainda mais sofisticada e potente, com motores eléctricos que somam 2000 cv.

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A primeira Transit “vitaminada” foi construída com base na primeira geração (MK1), de 1971. O chassi e carroçaria eram de uma MK1, devidamente reforçada e adaptada para receber em posição central traseira o motor V8 de 400 cv do GT40, que tornava possível ao furgão atingir 240 km/h.

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Treze anos depois, em 1984, a Ford voltou ao ataque com a Supervan 2, concebida já com o aspecto de uma Transit MK2, mas mais baixa e larga. Sob a carroçaria em fibra de vidro, para ser mais leve, estava o chassi de um Ford C100, protótipo com que a marca se fazia representar no campeonato do Grupo C. O motor era um Cosworth DFL, um 4.0 V8 derivado dos que equiparam os F1 durante anos, mas com maior capacidade.

Em 1994 surgiu a MK3 super Transit, a Supervan 3, com maiores preocupações aerodinâmicas e um motor Cosworth HB, um 3.5 V8 igualmente derivado da F1 com 725 cv. Este superfurgão foi utilizado para fins promocionais durante sete anos.

A 4ª super Transit vai ser revelada ao público entre 24 e 26 de Junho, durante o Festival da Velocidade de Goodwood. Denominada Pro Electric SuperVan, exibe uma estética mais apurada e uma aerodinâmica sofisticada, para fazer funcionar de forma optimizada o splitter frontal, bem como a asa e o extractor traseiro. E as preocupações em colocar a potência no solo até se compreendem, uma vez que, pela primeira vez, uma Supervan vai deixar de ter de lidar com apenas 700 cv, mas sim com um total de 2000 cv. Isto permite à mais recente das super Transit anunciar a possibilidade de ir de 0-96 km/h em menos de 2 segundos.

A Ford afirma que o chassi deriva de uma Ford E-Transit Custom revestida e reforçada com painéis de fibra de carbono. No interior, o destaque vai para o roll-bar completo, a bacquet de competição e um ecrã central herdado do Mustang Mach-E. Mas mais do que o aspecto exterior e interior, o que impressiona é a rapidez e o andamento revelados em Goodwood. Veja em baixo como voa: