A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) aprovou, esta quinta-feira, o Orçamento e Plano de Atividades para a época 2022/23, com um valor recorde de receitas previstas de 23,5 milhões de euros (ME).

O documento, que apresenta um resultado operacional positivo de 1,108 milhões de euros, e que foi ratificado por unanimade, contempla, ainda, a maior distribuição de sempre de receitas, diretas e indiretas, às sociedades desportivas, numa cifra de nove ME.

É um orçamento e plano de atividades desafiante, porque vimos de períodos difíceis, decorrentes da pandemia, mas que demonstra um caminho de rigor e de execução dos objetivos a que nos propomos. A aprovação foi uma demonstração inequívoca do alinhamento de vontades”, disse Rui Caeiro, diretor executivo da LPFP.

Sobre o orçamento, que cresceu 2,4 milhões de euros em relação à época passada, sobretudo pelo trabalho desenvolvido na captação de receitas comerciais, Telmo Viana, diretor financeiro do organismo, falou num documento com “rigor, cautela e responsabilidade”.

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“A própria votação diz tudo sobre a posição das sociedades desportivas perante este modelo de gestão. Não nos podemos esquecer dos dois últimos anos de dificuldades, mas a Liga, na senda do seu bom trabalho, conseguiu apresentar o maior orçamento de sempre, com a maior distribuição de sempre de receitas, de forma direta e indireta, para as sociedades”, explicou o responsável.

Essa verba, que será partilhada com os clubes, ascende aos nove milhões de euros, quase um milhão a mais que em 2021/22, advindo de receitas diretas, nomeadamente com a premiação pela prestação desportiva na Taça da Liga, mas também de verbas indiretas, provenientes de despesas que a LPFP assume em nome das sociedades desportivas.

O valor dos passivos contingentes que o organismo ainda tem em mãos, herdados de gestões anteriores à do presidente Pedro Proença, é de 33,5 ME, menos 1,5 milhões do que foi plasmado no orçamento da época anterior.

O plano de atividades para 2021/22 contempla, ainda, “11 projetos transversais para a época 2022/23”, destacando-se “programas inovadores”, como a criação de novas empresas – Liga Comercial, a Liga Infraestruturas, a Liga Centralização e a Liga Talent Business Centre -, além de um “aumento de aposta nas novas tecnologias, a continuidade da internacionalização da Liga Portugal, a formação contínua de agentes desportivos ou o crescimento e maturação do projeto de consultoria às sociedades desportivas”.

Ainda no decurso desta assembleia geral da LPFP, em que apenas estiveram ausentes os representantes da Belenenses SAD, Feirense e dos despromovidos à Liga 3 Varzim e Académica de Coimbra, ficou marcada uma nova reunião magna, para 8 de julho, para serem debatidos três artigos do regulamento disciplinar que mereceram dúvidas na recente assembleia geral da Federação Portuguesa de Futebol.