Começou com uma proposta de apenas dois milhões de euros, subiu depois para um valor acima dos três, emperrou nas divergências internas do próprio Santa Clara, terá ficado feito por um montante total de 3,8 milhões de euros ainda antes de a época terminar. Hidemasa Morita foi esta sexta-feira confirmado como terceiro reforço do Sporting para a temporada de 2022/23, suprindo uma vaga que na verdade serão duas no meio-campo verde e branco com a saída de Matheus Nunes além do já planeado João Palhinha.
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O segundo jogador nipónico a chegar a Alvalade depois do avançado Junya Tanaka (35 jogos em época e meia de 2014 a 2016, com sete golos e três assistências) aterrou na noite de dia 21 em Lisboa, após ter feito escala em Paris de uma viagem do Japão onde ficou após ter integrado os trabalhos da seleção que estará presente no Mundial num “grupo de morte” com Alemanha, Espanha e Costa Rica, e cumpriu todas as habituais rotinas antes de assinar contrato entre exames médicos e declarações aos meios do clube, sendo apresentado apenas no dia 1 de julho por uma questão burocrática de entrar no exercício de 2022/23. Há muito que o médio era esperado em Alcochete, tendo-se mesmo comprometido a encurtar o período de férias para encurtar o período de adaptação à nova realidade do vice-campeão nacional.
“Desde que vim para Portugal que queria jogar no Sporting. É um clube muito grande e fantástico. Estou muito feliz. Sem dúvida que este é o maior desafio em toda a minha carreira. Estou muito feliz por poder juntar-me a este clube. Sempre tive o sonho de jogar na Champions”, comentou aos meios do clube Morita, que assinou contrato até 2026. “Posição? Sinto-me muito bem tanto a 6 como a 8, tenho confiança suficiente para ocupar as duas posições. Rúben Amorim? É um treinador inteligente e construiu uma equipa agressiva. Sinto-me confortável com isso e quero muito trabalhar com ele”, acrescentou.
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Natural de Osaka, Morita fez a parte final da formação na Universidade Ryutsu Keizai, estreando-se depis na J-League ao serviço do Kawasaki Frontale com médias superiores a 35 encontros por temporada. Em 2020 o internacional teve oportunidade de rumar a Inglaterra mas o facto de o Hull City estar no segundo escalão nacional acabou por fazer com que aceitasse a proposta para seguir para os Açores e para o Santa Clara, onde fez 21 jogos em 2020/21 antes da época de afirmação em 2021/22 com 38 partidas. No período em que esteve em Lisboa sem ser apresentado, o japonês foi ainda associado ao Galatasaray.
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“O Morita tem muita qualidade técnica, é um jogador japonês e isso requer muito trabalho. É alguém que pode joga a 6 e a 8. É um excelente jogador. Faz bem o Santa Clara ter jogadores dessa qualidade”, referiu Rúben Amorim, treinador dos leões, na antecâmara da receção aos açorianos que fechou a última Liga. “É um jogador claramente diferenciado, que não acusa pressão, que é muito bom a descobrir espaços. É japonês e teve dificuldades em comunicar mas comunica com os pés. É um pensador. Connosco vinha sempre buscar jogo, quase como um 6, e sempre fez bem essa posição. É um jogador que descobre espaços e equilibrávamos com o [Anderson] Carvalho porque era o Morita que assumia o jogo. Nunca se esconde ao duelo mas não é um Palhinha. Mas pode conjugar-se com ele, por exemplo”, comentou mais tarde Mário Silva, técnico que terminou a temporada no comando dos açorianos, em entrevista ao Canal 11.
Ainda assim, e ao contrário do que estava inicialmente previsto, Morita não será o único médio a chegar a Alvalade neste verão. Como o Observador tinha escrito, a ideia dos leões passava por vender apenas João Palhinha neste mercado de transferências, algo que ficara acertado em janeiro quando a SAD verde e branca recusou as abordagens feitas pelo médio. E isso vai acontecer, com o Fulham a conseguir convencer os responsáveis do Sporting com uma quarta proposta que entre valores fixos e variáveis pode ficar acima dos 20 milhões de euros (com 18 milhões sempre assegurados à cabeça). No entanto, as ofertas que chegaram por Matheus Nunes acabaram por baralhar essas contas iniciais, com o conjunto leonino à espera da formalização da oferta de 45 milhões mais cinco por objetivos pelo médio para vender o passe do internacional português ao Wolverhampton de Bruno Lage – algo que nem a deslocação de um diretor do clube inglês à Argentina pelo médio Enzo Fernández colocou em causa após assinar pelo Benfica.
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Caso se confirme essa proposta por Matheus Nunes, existe a garantia de que chegará mais um médio para o plantel de Rúben Amorim, estando outra vez o mercado nacional entre uma das possibilidades e com um jogador há muito referenciado e que já trabalhou com o treinador leonino: Al Musrati, internacional líbio de 26 anos que já no passado foi alvo de sondagens mas sem propostas concretas ao Sp. Braga mas que, nesse contexto de saída do internacional português, poderá ganhar força como sucessor, juntando-se a Ugarte, Morita, Daniel Bragança, Dário Essugo e provavelmente Diogo Abreu, antigo jogador da formação do FC Porto que deverá pelo menos fazer a pré-temporada com o conjunto principal. Contudo, e apesar de todas as notícias nesse sentido, fontes ligadas aos leões negam qualquer avanço pelo jogador dos minhotos.