A TAP teve de alugar aviões à companhia aérea Hi Fly para fazer face às dificuldades em manter as suas rotas operacionais devido à atual crise na aviação, noticia o Jornal de Negócios, citando uma carta interna da empresa na qual são explicadas as oito medidas que a comissão executiva da TAP adotou para “mitigar os desafios” associados à situação de “disrupção” na empresa.

Segundo a carta, a TAP tem 40% dos voos com atraso por motivos relacionados com o “controlo de tráfego aéreo e no handling” — uma vaga de greves no setor da aviação em vários aeroportos europeus lançou o caos no tráfego aéreo — e que o mesmo está a acontecer “noutros aeroportos europeus”. Os graves atrasos estão a resultar em múltiplos cancelamentos e no “consumo de recursos adicionais” para repor as viagens, diz a carta.

Uma das medidas adotadas pela TAP foi o aluguer de um conjunto de aviões à Hi Fly, companhia aérea portuguesa especializada no aluguer de aeronaves a outras companhias, em regime de ACMI (ou seja, o aluguer do avião com tripulação, manutenção e seguro incluídos) para operar durante um mês as rotas de Punta Cana, Varsóvia e Viena. O objetivo é libertar a capacidade de outras aeronaves para “recuperar atrasos e cancelamentos“.

Na carta, a liderança da TAP esclarece ainda que está a reduzir o número de voos em algumas rotas, ajustando a oferta e implementando um “bloqueio de vendas adicionais, por forma a ter espaço para reacomodar os passageiros com voos cancelados”. Simultaneamente, a companhia aérea está a reforçar a equipa com 70 novos tripulantes de cabina até ao final do verão e a implementar um programa para “premiar” os esforço dos trabalhadores.

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