O parlamento do Sri Lanka já votou e elegeu Ranil Wickeremesinghe, antigo primeiro-ministro, como o novo Presidente do país, avança esta quarta-feira, 20 de julho, o canal inglês BBC.
A vitória foi esmagadora: Wickeremesinghe — que até ser declarado novo Presidente era presidente interino do país — contou com 134 votos de um total de 225 deputados. O rival Dullus Alahapperuma, antigo ministro do SLPP, partido que apoiava o ex-Presidente, Gotabaya Rajapaksa, contou apenas com 82.
Gotabaya Rajapaksa renunciou o cargo por email, na passada sexta-feira, 15 de julho, depois de ter fugido para as Maldivas e mais tarde para Singapura. A renúncia e fuga aconteceram na sequência de um ataque de manifestantes à sua residência e a outros edifícios governamentais, exigindo que este se afastasse da vida política do país.
Também a residência e gabinete de Wickeremesinghe foi alvo dos protestos, tendo-lhe sido exigida a renúncia do cargo de primeiro-ministro, que ocupava desde maio. O atual Presidente do Sri Lanka não acedeu ao pedido, tendo na altura da fuga de Rajapaksa assumido automaticamente a posição de presidente interino.
Com um mandato até novembro de 2024, os esforços do novo Presidente vão concentrar-se na recuperação económica do país — que declarou já falência e enfrenta uma grave escassez de alimentos e de gás — de forma a conseguir retomar as negociações, entretanto suspensas, com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para um plano de resgate.
Na terça-feira, 19 de julho, foram apresentados três candidatos à presidência do Sri Lanka. Além de Wickremesinghe, estiveram na corrida dois outros deputados, o antigo ministro Dullas Alahapperuma, e Anura Kumara Dissanayake, da coligação de esquerda NPP.