A Corticeira Amorim comprou mais um terreno que chegou a fazer parte da Herdade de Rio Frio. O vendedor foi o Novo Banco que encaixou 22,3 milhões de euros.
Em comunicado, a empresa de cortiça anunciou que, através da sua subsidiária Cold River’s Homesteas, “adquiriu um terreno de 1.855 hectares detido pelo Novo Banco, pelo valor total de 22,3 milhões de euros”. Um terreno que tem um conjunto de imóveis “afetos à exploração florestal que constituem uma parte da antiga Herdade de Rio Frio e que são contíguos às propriedades já detidas” pela empresa.
Corticeira Amorim já tem a totalidade da Herdade de Rio Frio onde quer plantar novos sobreiros
Esse terreno embora contíguo já não fazia parte da atual Herdade de Rio Frio, cuja propriedade ficou na totalidade nas mãos da Corticeira Amorim em junho deste ano. Este imóvel tinha acabado nos balanços dos bancos que executaram o património do antigo dono. O BCP já tinha aceitado vender a sua posição e em junho também a Parvalorem — empresa do Estado que tem alguns dos ativos que eram do BPN — aceitou alienar os seus 50% ao grupo liderado por António Rios Amorim. No total, o grupo Amorim gastou 29,125 milhões de euros para ficar com Rio Frio.
Agora desembolsa mais 22,3 milhões para alargar a área da herdade.
“A Corticeira Amorim pretende melhorar a produtividade da atividade agroflorestal da Herdade de Rio Frio, designadamente através da implementação de adensamentos neste montado único. Esta aquisição permitirá alargar a área de intervenção da Corticeira Amorim, com importantes ganhos de escala e de alavancagem operacional”, diz a empresa em comunicado, garantindo que “a preservação do montado e dos serviços dos ecossistemas é um dos objetivos estratégicos da Corticeira Amorim, que pretende continuar a sua participação ativa na intervenção em novas áreas de sobreiro através de compra de terrenos, arrendamento ou parcerias”. E diz ter como objetivo “fazer investigação aplicada sobre os impactos da rega, fertilização, nutrição e solo no sobreiro e ajudar a promover e difundir a implementação de novas técnicas de plantação e gestão do montado de sobro mais eficientes e resilientes aos cenários climáticos previstos.”