Dois irmãos ficaram em prisão preventiva por alegadamente liderarem “uma célula de tráfico de droga” num bairro da freguesia de São Pedro, na cidade de Ponta Delgada, ilha de São Miguel, Açores, anunciou esta quinta-feira a PSP.

Um comunicado do Comando Regional da PSP adianta que os dois homens, de 42 e 41 anos, foram detidos no âmbito de uma investigação da brigada anticrime da polícia que desenvolveu “diversas diligências” para apurar “os contornos associados a várias denúncias” que apontavam para “uma célula de tráfico de droga liderada por dois irmãos”.

Esta alegada célula de tráfico teria como “centro de operações” a “freguesia de São Pedro, concretamente o bairro das Laranjeiras”.

A PSP revela ainda que as diligências investigatórias se prolongaram “ao longo do último ano e meio”, numa investigação dirigida por um magistrado do Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Ponta Delgada.

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Em março, foi realizada uma de duas operações policiais na residência dos arguidos, tendo a polícia “detetado diferentes tipos de drogas, quantias monetárias e outros artigos relacionados com o crime em investigação”.

A polícia explica que, na altura, os dois irmãos foram detidos e sujeitos “a medidas de coação aplicadas pelo Tribunal de Ponta Delgada”.

Contudo, as provas acabariam por “demonstrar” que os arguidos teriam “regressado ao tráfico de droga”, concretamente “à transação” de “heroína e sintética, junto de vários consumidores que se deslocavam ao interior da residência dos detidos e, por vezes, nas imediações da habitação” dos dois homens, refere a PSP.

Perante a reincidência dos arguidos”, as autoridades desencadearam, na terça-feira, uma nova operação policial, com uma busca domiciliária à residência dos arguidos, onde foram “novamente apreendidas quantias monetárias, objetos e droga sintética pronta a ser comercializada”.

O Comando Regional da PSP refere também que os dois irmãos “chegavam, inclusivamente, a transacionar droga a troco de objetos ligados a outros crimes”.

Os arguidos foram presentes a Tribunal, em Ponta Delgada, tendo sido “decretada a medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva”, lê-se no comunicado.