Pelo menos 28 pessoas morreram na Guatemala devido às fortes chuvas registadas no país, que causaram ainda 14 feridos e quatro desaparecidos, revelou a Coordenadora Nacional de Redução de Desastres, num relatório divulgado no sábado, 13 de agosto.

Mais de 30 mil pessoas foram atendidas pelos serviços de emergência, enquanto cerca de 10 mil habitantes tiveram de abandonar as suas casas, sendo que o número de pessoas afetadas pelo mau tempo subiu para mais de 2 milhões.

A maioria das vítimas foi registada nas cidades de Alta Verapaz e Huehuetenango, no norte do país, e em Escuintla e Zacapa, no sul.

As áreas mais afetadas são as que têm uma população predominantemente indígena, que são as mais vulneráveis a catástrofes naturais. Cerca de 60% dos 17 milhões de habitantes da Guatemala vivem na pobreza.

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Quanto à infraestrutura danificada, as autoridades contabilizaram cinco autoestradas e 17 pontes destruídas pela forças das águas do rio Polochic, que transbordou, além de centenas de edifícios afetados.

A 13 de junho, os responsáveis da proteção civil da Guatemala disseram que pelo menos 15 pessoas tinham morrido e sete ficado feridas em deslizamentos de terra causados por fortes chuvas desde o início de maio, com 500 mil pessoas afetadas pelas tempestades.

Já em 2021, as chuvas causaram na Guatemala a morte a 35 pessoas e três desaparecidos, 17 feridos e cerca de 1,5 milhões de pessoas afetadas.

A estação chuvosa, que decorre de maio a novembro, resulta na morte de centenas de pessoas todos os anos na América Central, uma das regiões mais vulneráveis às alterações climáticas.

Em julho, a Organização Meteorológica Mundial alertou que fenómenos extremos como a seca prolongada, as ondas de calor terrestres e marítimas, o derretimento dos glaciares, a pluviosidade extrema e a desflorestação estão a afetar a América Latina e Caraíbas.