Os grandes incêndios registados este verão vão ser alvo de investigação por parte da Comissão Nacional para a Gestão Integrada de Fogos Rurais, avança o jornal Público na edição desta segunda-feira.
O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, já tinha revelado que todos o incêndio da Serra da Estrela, tal como outros grandes fogos este ano iam ser alvo de avaliação e investigação. Mas não indicou quem iria conduzir essa investigação, nem qual o critério para definir a dimensão de um fogo que justifique investigar.
Causas e combate ao fogo da Serra da Estrela vão ser investigados como é prática em grandes fogos
Esta comissão irá investigar incêndios como aquele que se registou na Serra da Estrela, um dos focos de incêndio que esteve no centro das atenções ao longo dos últimos dias. Esta comissão, que foi criada em março de 2021, é liderada por Tiago Oliveira, presidente da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF).
Em declarações ao Público, Tiago Oliveira explicou que a comissão vai “analisar os incêndios para otimizar as melhorias que possam ser introduzidas” e ainda dar indicação dessas mesmas medidas à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e às diversas entidades envolvidas.
O Público avança que a comissão tem uma reunião regular esta terça-feira, 16 de agosto, mas que o encontro ainda não estará dedicado à análise destes casos, já que o despacho do Ministério da Administração Interna a determinar a investigação só será publicado após o incêndio da Serra da Estrela ser considerado extinto.
Tiago Oliveira diz ao Público que cada um dos incêndios em análise “terá um relatório próprio”. No final, “serão tiradas conclusões sobre melhorias a introduzir” no processo de prevenção e combate aos incêndios.
De acordo com este responsável, existe a previsão de que seja possível “fazer o ponto de situação em outubro ou novembro”.
