(Em atualização)

O incêndio que teve início a 6 de agosto na Serra da Estrela mantém, neste momento, duas frentes ativas — uma no distrito da Guarda e outra no distrito da Covilhã. De acordo com a informação avançada por Miguel Cruz, 2º comandante nacional da Proteção Civil, durante o habitual ponto de situação, os operacionais estão a fazer “trabalhos de consolidação de todo o perímetro do incêndio”, que deverão continuar durante o resto do dia e também durante a noite desta quarta-feira.

As chamas que deflagram na Serra da Estrela continuam a ser um dos principais focos de preocupação da proteção civil. Ao final da tarde, continuam no terreno 1210 operacionais. No local, estão ainda 18 grupos de reforço com profissionais oriundos de diferentes copos de bombeiros de diferentes pontos do país, 160 operacionais da Proteção Civil, 96 militares da GNR, 64 sapadores florestais. O INEM está também presente, apoiado pela Cruz Vermelha.

O incêndio na Serra da Estrela é o que mais meios mobiliza e que mais preocupa as autoridades portuguesas. Esta segunda-feira, durante uma atualização da situação, a Proteção Civil disse que as autoridades contam “ter o incêndio dominado nos próximos dias, nos próximos dois dias”. O dispositivo “está empenhado nisso”, disse. O fogo, bem como os seus reacendimentos, também serão estudados.

Por outro lado, fonte do CDOS de Vila Real confirmou ao Observador que a IC5 e a Estrada Nacional 212 foram cortados nas zonas de Alto do Pópulo, Alijó e Cal de Bois por causa de um incêndio que deflagrou em Alijó. Os cortes aconteceram cerca das 14h30 e, pelas 19h00, apenas o IC5 já tinha sido reaberto.

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Maioria dos deslocados já se encontra em casa. Feridos graves tiveram alta hospitalar

Até ao momento, o incêndio da Serra da Estrela causou 70 ocorrências, com 21 feridos ligeiros, três graves e 46 assistidos. Este ponto de situação foi traçado esta segunda-feira por André Fernandes, comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, e o cenário mantém-se esta quarta-feira, sem novos registos de feridos.

Entre os feridos ligeiros contam-se dois bombeiros da cooperação de Carnaxide, que estiveram envolvidos num acidente com um tanque. Os operacionais não precisaram de “cuidados de maior”.

Das 45 pessoas que tiveram de ser deslocadas por questão de segurança, “a maioria já voltou às suas habitações”. Em relação aos danos materiais, permanece contabilizada a perda de duas casas, uma de primeira e outra de segunda habitação.

Bombeiros desaparecidos não acionaram botões de emergência

Na declaração à imprensa ao final da manhã desta segunda-feira, sobre o caso de sete bombeiros que estiveram desaparecidos no combate às chamas no incêndio da Serra da Estrela — e que entretanto já foram localizados e estão bem —, a Proteção Civil esclareceu que os combatentes eram de Aveiro, mas que não acionaram os botões de emergência no interior dos carros. “Não houve nenhum problema com corpos de bombeiros, tiveram é de fazer um combate efetivo em Vale Formoso”, contou André Fernandes.

Energia libertada no incêndio da Serra da Estrela comparada a 25 bombas de Hiroshima

O incêndio na Serra da Estela teve início no dia 6 de agosto, em Garrocho, no concelho da Covilhã. Foi dado como dominado no sábado, mas sofreu uma reativação na segunda-feira. Desde o início, as chamas estenderam-se ao distrito da Guarda, nos municípios de Manteigas, Gouveia, Guarda e Celorico da Beira, e atingiram ainda o concelho de Belmonte, no distrito de Castelo Branco.